Um pensamento de fronteira é aquele que consegue abrir novos horizontes de possibilidades de pesquisa em uma determinada área de estudos, propondo novas questões e abordagens sem, contudo, abandonar completamente o diálogo com a tradição existente. Entre os nomes que representam atualmente esse pensamento de fronteira no campo da teoria da história, não há como não mencionar Berber Bevernage, professor de teoria da história da Universidade de Gante, a mesma instituição onde realizou toda a sua trajetória acadêmica. Em Gante, além de dar aulas e orientar um grupo bastante ativo de jovens estudantes de doutorado (do qual eu tive a oportunidade de participar durante o período de estágio sanduíche), Bevernage coordena o grupo de pesquisa TAPAS (Thinking about the past), o qual promove uma série de iniciativas voltadas para pensar e discutir sobre as múltiplas formas de relação com o passado que ocorrem dentro e fora da academia, a partir de uma perspectiva transdisciplinar. Além disso, Bevernage é também co-fundador e um dos membros mais ativos da Rede Internacional de Teoria da História (INTH), um fórum criado em 2012 cujo objetivo é promover a colaboração entre teóricos da história ao redor do mundo, por meio da divulgação de eventos e publicações na área, bem como a organização de sua conferência bienal.
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Muito bom. A reflexão crítica é sempre bem vinda.