Para onde vão os dias quando eles se acabam?

Onde se escondem os amanhãs?

Para onde vai a criança quando o adulto chega?

E o avançar do tempo onde vai parar?

 

A criança se esconde no olhar

Vejam as velhas fotografias

Elas naturalmente podem provar

No fundo dos olhos todas foram se abrigar

 

A vida é uma ciranda cósmica

Espiral que gira rumo ao infinito

Ontem e amanhã bailam apenas no hoje

Num mistério tão bonito

 

Tudo é começo e recomeço

A serpente que morde o próprio rabo

É avessa ao fim e que seja assim

Tão somente o agora deveria ser o importante para mim.

 

 

 


Créditos da imagem da capa: NASA.