Em 13 de abril de 2020, na vigência do isolamento social imposto pelo agravamento da pandemia da Covid-19 no Brasil, um grupo de pesquisadoras e professoras de História realizou uma reunião virtual. Nesse primeiro encontro, houve consenso entre as participantes de que precisamos enfrentar os problemas de gênero e suas interseccionalidades que, sob formas variáveis, condicionam e estruturam o mundo acadêmico. Consideramos que, historicamente, a pesquisa e o ensino sempre funcionaram como instâncias de reprodução da invisibilidade da produção intelectual das mulheres em todas as áreas de conhecimento. Compartilhamos o desejo de enfrentamento mais efetivo de questões que incidem sobre a nossa atuação profissional, tais como a precarização das condições de trabalho e a carga de vulnerabilidades específicas das pesquisadoras/professoras; as disparidades no acesso aos espaços públicos de fala; os limites e constrangimentos no ingresso em postos na hierarquia administrativa das instituições de ensino; a cooptação, o assédio e o preconceito sexista no ambiente escolar e acadêmico.
Com a designação de “rede”, reforçamos a proposta de formação de um grupo cujo critério norteador está na aglutinação, no acolhimento e na aliança solidária de mulheres que pesquisam, ensinam e atuam na História e em áreas afins das Humanidades. Pretendemos, assim, promover ações orientadas por relações acadêmicas mais colaborativas, que mantenham no horizonte a construção de reflexões críticas, o diálogo transdisciplinar, a intervenção efetiva nos espaços públicos e a defesa dos valores e ideais democráticos.
Para conhecer melhor o grupo, acesse:
HuMANAS – Pesquisadoras em Rede (Facebook)
@humanasrede (Instagram)
@HuMANASRede (Twitter)