“A história e o impossível. Walter Benjamin e Derrida” é o novo livro de Marcelo Rangel, professor dos  Programas de Pós-Graduação em História e em Filosofia da UFOP,  que acaba de ser lançado  pela Editora Ape’Ku, Coleção X.

Confira trechos do prefácio por Olgária Matos e do pósfácio por Romero Freitas.

A história e o impossível. Walter Benjamin e Derrida é um trabalho exemplar. Aproximando em uma constelação Walter Benjamin e Jacques Derrida, Marcelo Rangel realiza uma leitura derridiana de Benjamin. Reunidos pelas questões primeiras da filosofia contemporânea – o caráter destrutivo em Benjamin, a desconstrução em Derrida -, atualiza-se “O caráter destrutivo”, no qual Walter Benjamin observa que, não se tratando de uma questão psicológica, o “destrutivo” não é o “destruidor” ressentido; ao contrário, ele só tem um objetivo, criar espaço, promover uma abertura para respirar, e assim esse âmbito livre é mais forte do que qualquer ódio. Neste sentido, o caráter destrutivo é jovial, alegre, apolíneo, pois diz respeito à diversificação do mundo, o oposto do reino da caducidade e da morte. Ele não pretende escavar um subsolo, não procura razões, nem causas, mas propõe uma modalidade de percepção, um modo de ver, um procedimento noético (pela experiência) e não dianoético (pela razão)….
(Olgária Matos)

A história oscila sempre entre o ser e o devir. É uma harmonia entre o arco e a lira, como diria Octavio Paz. Um jogo heraclitiano, tendo por palco o tempo. Como ser, a história tende a sedimentar-se, a tornar estáticos os mundos transmitidos pela memória ou pela tradição. Como devir, a história tende a reorientar-se, criando mundos novos ou aberturas para que os mundos anteriores se transformem. O livro de Marcelo Rangel pretende investigar esta tese através da leitura de dois autores (Walter Benjamin e Derrida). Lendo textos tardios de Walter Benjamin, o autor pretende mostrar como o filósofo alemão vai do otimismo da reorientação ao pessimismo da sedimentação. O primeiro, que encontramos em “Experiência e pobreza” (1933), está expresso na dúvida hiperbólica e na modéstia vanguardista dos “novos bárbaros” (Klee, Brecht, Scheerbart, Loos e Le Corbusier). O segundo, que se manifesta em “Sobre o conceito de história” (1940), exprime-se no anjo da história e na sua demanda simultaneamente necessária e impossível de “demorar-se, despertar os mortos e juntar os destroços.
(Romero Freitas)

O livro na versão física e  em e-Book pode ser adquirido em:

https://www.apeku.com.br/pagina-de-produto/978-65-80154-26-5

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