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Manual de sobrevivência para 2020

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Nem bem começou o ano de 2020 e o ilustrado presidente da República, Jair Bolsonaro, já nos brindou com mais uma proposta sem sentido. Uma de suas soluções para a melhoria da educação formal brasileira será a de investir nos livros didáticos. Mas, investir como? Colocando a bandeira brasileira na capa, o hino nacional em algum lugar e, é claro, deixando mais suave o conteúdo ao retirar os textos. “Tem muito escrito”. disse o letrado Jair. Ah sim. O Paulo Freire foi responsável pelos votos no PT e no PSOL, por meninos vestirem saias e pelo MST invadir o Colégio D. Pedro II. De acordo com o chefe supremo do poder Executivo brasileiro, a molecada é militante de esquerda graças à pedagogia freiriana. Poucos dias depois o literato Weintraub que ocupa o simbólico cargo de Ministro da Educação fez um pacto com o justo juiz que se tornou Ministro da Justiça, Sergio Moro. Teremos incentivos para os estudos ligados à segurança pública e que os Bolsonaro’s Family felicitaram a possibilidade de tornar acadêmico o uso das armas de fogo. Impre-c-ionante, como diria o oracular Ministro da Educação. Nada de novo na terra plana, eu sei. Por isso, tentando antecipar mais idiotices oficiais, oferecerei um breve manual com citações mais sensatas e cultivadas por pessoas que resolveram escrever um pouco. Dentre tantos assuntos, escreveram sobre a natureza estúpida de viventes como os da Bolsonaro’s Family. O uso do manual é simples: toda vez que você ouvir ou ler algo dito por um Bolsonaro (antes de se martirizar e decidir que são sinais do fim dos tempos) você lerá, logo em seguida, uma dessas citações e dará um pouco mais de tempo para si mesmo. Se após esse tempo julgar procedente uma resposta…siga. Se julgar que não valerá nada…fique. O importante será canalizar as forças para o que importa. A luta contra a estupidez é longa, cansativa e não é nova, mas vale a pena. Segue uma pequena lista que todos poderão aumentar:

Quando Bolsonaro fala: a… Bertrand Russell fala: Grande parte das dificuldades pelas quais o mundo atravessa se deve a que os ignorantes estão completamente seguros e os inteligentes cheios de dúvida.

Quando Bolsonaro fala: golden shower… Michel de Montaigne fala: Ninguém está livre de dizer coisas estúpidas, o ruim é dizê-las com ênfase.

Quando Bolsonaro fala: comunismo… Chesterton fala: As ideias são perigosas, mas são mais perigosas para o homem sem ideias.

Quando Bolsonaro fala: gênero… Hannah Arendt fala: O mal é sempre extremo, mas nunca radical. O mal não tem profundidade e nada de demoníaco. Profundo e radical é sempre e apenas o bem”.

Por último e o mais importante. Ao escutar a voz dos Bolsonaro’s Family, em quaisquer circunstâncias, lembre-se de Mark Twain: “Nunca discuta com um estúpido. Ele fará com que você desça ao nível dele e ali ganhará por experiência”.

 

Um feliz 2020!

 

 

 

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