HH Magazine
Conversas Transdisciplinares

Sons da quarentena

 

Todo corpo tem água
Lágrima suor e gozo
Todo corpo tem água
Lágrima suor e porra
Ou a gente chora ou a gente sua
Ou a gente goza
Só não pode magoar

Letrux, “Dejà-vu frenesi” – Aos Prantos.

 

Muitos aqui têm ódio e nem sabe por que, cara
Ouve a dor na minha voz, me responde por quê, cara?

Djonga, “O cara de óculos” (part. Bia Nogueira) – Histórias da minha área.

 

Confesso que sou um pouco obsessivo quando se trata de ouvir as mesmas músicas repetidamente. Vivo longas fases ouvindo os mesmos artistas todos os dias, que duram meses. Os amigos mais próximos ao lerem isso provavelmente darão risadas. Principalmente aqueles que sempre me questionavam: “Você vai ouvir isso novamente?”. Dalton, Lucas e Filipe, amigos da saudosa República Sé – Moitas,[1] o meu camarada Saulo, que dividiu casa comigo em Ouro Preto, e a minha companheira Júlia, sabem bem do que eu estou falando. Tenho que admitir que é um pouco chato mesmo, mas é assim que funciona para mim. Praticamente tenho que incorporar o que ouço.

Recentemente estive pensando nas conexões entre as músicas e os artistas que eu mais ouço e as pesquisas de maior fôlego que empreendi. Estive refletindo sobre isso especialmente na quarentena. Talvez tenha sido uma grande sorte dois dos artistas brasileiros que mais admiro, Letícia Novaes, a Letrux, e Gustavo, o Djonga, terem lançado seus respectivos últimos álbuns no mesmo dia, numa sexta-feira 13, em março de 2020. Lembro que na sexta-feira Júlia e eu ouvimos em minha casa os álbuns recém lançados dos dois com o volume bem alto e curtindo uma cerveja gelada. Mal sabíamos que fazíamos um ritual de despedida da vida normal, uma vez que iniciamos o nosso isolamento social na segunda-feira, dia 16. Acho mesmo que foi uma coincidência feliz eles terem lançado Aos Prantos e Histórias da Minha Área praticamente em simultaneidade com o início da quarentena, apesar dessa situação ser frustrante para os artistas. Os álbuns têm sido de grande ajuda na resistência diária à pandemia e ao pandemônio bolsonarista.

Mas já vinha ouvindo Letrux e Djonga há um tempo. Mais ou menos por um ano. O álbum de estreia da Letrux, Em Noite de Climão, embalou muito a minha rotina no último ano que lecionei na UFVJM, em Diamantina, onde também comecei a ouvir o Djonga. Tive a oportunidade de dividir o espaço de sala de aula com ele por algumas poucas vezes em 2013, quando fui professor substituto do curso de História da UFOP, em Mariana. Em um período anterior à sua matrícula na disciplina de História da Historiografia Brasileira, ele apareceu em uma aula que ministrava para convidar os alunos a irem ao ICSA/UFOP[2] para pintar a faixa de pedestre em frente ao Instituto, obrigação pendente da prefeitura de Mariana. No semestre posterior, após frequentar algumas aulas, o Gustavo trancou a disciplina que ministrava. Definitivamente ele tinha coisas mais importantes para fazer. Creio que algum tempo depois o meu camarada Jacques Cigarra, artista por cuja obra tenho grande admiração, já comentava que o rapaz tinha um trabalho diferenciado. Tratando-se de arte, o Jacques de fato sabe o que faz e fala, inclusive estou aguardando o lançamento do seu álbum. Não por acaso, Jacques e Djonga realizaram diversas parcerias e colaborações.

Fiquei muito feliz ao saber posteriormente em Diamantina, por alunos do curso de História, da dimensão do sucesso que o Djonga havia alcançado em 2018. Porém, comecei a ouvir de fato após o Pedro Lucas, que cursou várias disciplinas lecionadas por mim, me mostrar uma música em parceria com a Negra Li e outros rappers no ônibus que pegávamos após a aula. Em sala de aula era comum alunxs fazerem algum comentário interessante a respeito das músicas ou do artista, como a Larissa, o Alisson e o Diego. Nunca fui um ouvinte assíduo de rap, apesar de ter convivido com vários amigos em Cachoeira do Campo, distrito de Ouro Preto onde passei parte da minha infância e adolescência, que eram integrantes do Comando Hip Hop. A intensidade do futebol e das partidas de truco seguiam o ritmo dos beats. Todo esse sucesso tem sido importante para “salvar vidas”, como o Djonga diz com frequência, o que se materializa de diversas formas. Recentemente, em uma live de quarentena, ele arrecadou cerca de 90 mil reais para ajudar na prevenção à COVID-19 na comunidade da Serra, em Belo Horizonte.

Para além de Letrux e Djonga, tenho ouvido também com certa frequência Braza, Duda Beat, Rosa Neon e Hot & Oreia. Posso dizer que também estou de luto desde a morte do André Matos no dia 8 de junho de 2019, o que fez com que certa compulsão se reativasse. Ouvi muito Viper, Angra, Virgo e Shaman no último ano. Nem a morte do Dio e do Neil Peart me impactaram tanto. De toda forma, ainda assim, tenho preparado as minhas refeições e feito o trabalho doméstico durante a quarentena geralmente ao som de Letrux e Djonga. Estive pensando como as obras de ambos se relacionam às leituras acadêmicas mais marcantes que eu fiz durante a minha trajetória até aqui. Quando ouço Em Noite de Climão e Aos Prantos da Letrux sempre surgem conexões com as minhas memórias de leitura sobre as questões teóricas relacionadas à presença e aos climas.[3] Lembro que antes de ir a Stanford pensei em presentear o Gumbrecht com um exemplar do filme My name is Now, Elza Soares (2014), porque via ali uma conexão muito forte com a forma dele de pensar as humanidades. Infelizmente não encontrei uma versão para comprar a tempo antes de embarcar. Acabei presenteando-o com uma cachaça Safra Barroca. Mas às vezes penso como seria interessante ouvir um álbum da Letrux com o Gumbrecht durante um office hour. As reuniões de trabalho semanais sempre eram temperadas com muito bom humor.

Apesar de estar ouvindo Aos Prantos constantemente, sempre retorno ao Em Noite de Climão, especialmente porque foi liberado no Youtube no dia 31 de dezembro do ano passado o show ao vivo com todas as canções do álbum gravado no Auditório Ibirapuera. Lá, Letrux esbanja sua performance de cantora, atriz e poeta, com muito carisma. Por diversas vezes me pego assistindo à sua atuação na música “Puro Disfarce”, só para ouvir ela dizer: “Três entidades foram invocadas para estar presentes neste DVD, mas ainda assim, e sempre, o Estado é laico!”. Os tipos ideais de Gumbrecht, relativo à “cultura de sentido” e “cultura de presença”, apresentam-se fundidos nessa frase. Para Letrux, a constituição de sentido a despeito da presença e dos climas produz uma cultura repressora do “lugar que fala sobre os nossos desejos”, o que faz ela sentir “raiva, ódio, nojo e horror”, como enuncia previamente no mesmo monólogo. Na sequência, acontece a entrada da cantora Marina no palco para fazer um dueto arrebatador com Letrux, que se encerra com um clima de ambivalência maníaco-melancólica impactante, que intrigaria Freud:

 

Tantas vezes tantras e tamanhas
Me explica qual vai ser sem artimanhas
Se essa fossa dança e o gozo dói
Meu carma se transforma num herói
Carapuça serve até dormindo

A vida não é caô, vou resumindo
É que pra que você eu tiro o chapéu
Além da roupa toda, que escarcéu
E dessa vez sem truques vou querer
Algo que me diga qual vai ser
E se não vem em sonho vou pagar
Remédio terapia e naufragar
Nasci com o cu pra lua e o pé no mar
Remédio terapia e naufragar
Parece que é bad mas vou adorar
Remédio terapia e naufragar.

 

Os climas presentes Em Noite de Climão invadem Aos Prantos. Em “Dejà-vu Frenesi” o clima de repetição que enreda os corpos ressoa fantasmagoricamente ao final da canção: “Dejà-vu a gente já teve aqui/Dejà-vu viver é um frenesi”. Fazendo eco com a primeira estrofe, apresentada como epígrafe a este ensaio, Letrux canta para enredar o ouvinte na repetição:

 

Todo corpo tem fogo
Célula, neurônio e sangue
Todo corpo tem fogo
Célula, neurônio e pele
Ou a gente pensa ou a gente sente
Ou a gente sangra
Só não pode embrionar.

 

Quando ouço Djonga me vem à mente um turbilhão de pensamentos e sensações, mas a experiência do assombramento fantasmagórico, principalmente em suas formulações por Jacques Derrida, Achille Mbembe, Frantz Fanon, Berber Bevernage e Ethan Kleinberg, sempre é uma associação que me ocorre. Relação que também fiz imediatamente ao assistir Bacurau (2019).[4] A condição espectral do humano na contemporaneidade,[5] especialmente na particularidade do ser negro,[6] é evocada de forma aterradora na capa de Histórias da Minha Área e conduz o clima de canções desse disco e do álbum Ladrão, que a meu ver é um marco incontornável da música brasileira. E em se tratando de música brasileira, é indiscutível, somos referência mundial em qualidade. Conversei com o Ethan Kleinberg diversas vezes em Wesleyan sobre a condição espectral das experiências de histórias brasileiras e sempre exemplificava com as obras de Machado de Assis, Lima Barreto, Euclides da Cunha ou Glauber Rocha.[7] Se fosse hoje a minha passagem por Wesleyan não tenho dúvida de que o álbum Ladrão e o filme Bacurau seriam temas de conversas.[8]

O impacto do assombramento fantasmagórico, avesso à metafísica branca, – assentada na utopia da sensação reconfortante da subjetividade em sua pretensa plenitude ou na idealização da presença harmônica do presente, – é evocado na capa de Histórias da Minha Área, mas sua disjunção espectral já se manifestava de forma atormentadora em “Falcão”, no álbum Ladrão:

 

Será que eu sou só mais um negro fútil?
Já que pra salvar o mundo essas corrente é nada útil
Mas não posso ficar sozinho que bate a neurose
O sábio sobre a saúde do mundo diz que é só virose
O que adianta eu preto rico aqui em Belo Horizonte
Se meus iguais não podem ter o mesmo acesso à fonte?
Eu já fui ponte, agora só querem passar por cima
Algo te explica por que quando eu canto esquenta o clima?
Olho corpos negros no chão, me sinto olhando o espelho
Corpos negros no trono, me sinto olhando o espelho
Olho corpos negros no chão, me sinto olhando o espelho
Que corpos negros nunca mais se manchem de vermelho.

 

Em Djonga, a poética da denúncia e da valorização da ancestralidade são coexistentes, como analisa Luciano Roza, que tematiza a relação entre o rap mineiro e a produção/circulação de conhecimento histórico.[9] Luciano Roza aponta para o caráter de ressignificação e incorporação do rap mineiro, ressaltando a sua capacidade de congregar diversos outros estilos musicais do presente e do passado, que valoriza historicamente a presença negra. Assim, a denúncia do opressor não acontece a despeito da valorização das estratégias de sobrevivência e produção cultural da população negra. Roza define essas estéticas coexistentes como a “estética da denúncia” e a “estética da positivação identitária”. Desse modo, ao passo que as canções evocam o assombramento do passado e do futuro, são das experiências positivadas do passado que emergem saberes e práticas de resistência, que apontam para a possibilidade de futuros acolhedores da diversidade em escala “transnacional”. Com efeito, Roza afirma que “o passado e o presente muitas vezes estão entrelaçados, fazendo movimentos diversos”, fenômeno consonante a uma “construção de uma representação identitária transnacional”.[10]

Como procuro experienciar intensamente as coisas que leio, assisto, escrevo e ouço, enredamentos inevitáveis acabam acontecendo, e vejo isso como algo positivo. Hoje os álbuns de Letrux e Djonga são referências incontornáveis para minhas reflexões pessoais cotidianas sobre a questão dos climas, presença, performatividade de gênero, espectralidade, racismo e decolonialidade. Não é possível ser um humanista, um historiador, sem habitar, ser impactado e assombrado pela experiência histórica. Certamente uns se deixam impactar mais do que outros, que se querem incondicionados e reivindicam as desgastadas retóricas iluministas e empiristas.[11] Enfim, para além da leitura de autores de outros países importantes para essa reflexão já mencionados, aos quais muitos outros poderiam ser acrescidos, como Ewa Domanska, Eelco Runia e Mark Phillips, não poderia deixar de mencionar as importantes intervenções de Valdei Araujo, Marcelo Rangel e Thamara Rodrigues nesse debate, meus interlocutores mais próximos ao longo desses anos.[12] No entanto, a despeito da indicação de leituras, não seria possível levar essa discussão adiante com quem não ouve música, ou melhor, não aprecia alguma expressão artística de forma intensa e alheia a critérios estéticos normativos.

Um ponto importante para mim, que destaco como encaminhamento de conclusão, é que quanto mais artistas como Letrux e Djonga forem absorvidos pela sociedade, melhor para as humanidades e para a possibilidade da emergência de uma cultura aberta à alteridade. É difícil acreditar que pessoas que experienciam suas músicas com intensidade poderiam ser abduzidas pela estética alienante de um projeto como o da Escola sem Partido e os documentários do Brasil Paralelo, que cheiram a naftalina. Lembrando que a retórica do projeto Escola sem Partido e a produção do Brasil Paralelo reivindicam como motes centrais a “neutralidade”, delírio imerso em perversões marcadas por lugares de classe, gênero e raça, já desconstruídas com propriedade por Daniel Pinha e Fernando Nicolazzi.[13]

Por fim, deixo apenas o conselho: ouçam música de qualidade e divulguem. Necessidade premente em um país no qual nos “gols do fantástico” só se ouve “louvor”. Ouçam e compartilhem comigo. Não recomendo ninguém a ler o livro Universo em Desencanto, mas ouvir Tim Maia, Djonga, Letrux, Braza, Duda Beat, Hot & Oreia e Rosa Neon nos dias de hoje tornou-se um imperativo.

 

 

 


PLAYLIST

 

Letrux

Em Noite de Climão:

https://www.youtube.com/watch?v=ziW2xs5eqfE&t=1661s

Aos Prantos:

https://www.youtube.com/watch?v=W8gJKNU4XxE&t=283s

Em Noite de Climão – Ao Vivo:

https://www.youtube.com/watch?v=QxamjQklBnM&t=3124s

 

Djonga

Ladrão:

https://www.youtube.com/playlist?list=OLAK5uy_kQHNdXtAj3vDcX3CabT5HEd1MufwGWWjM

Histórias da minha área:

https://www.youtube.com/watch?v=YAx5UOVtKq0&t=1549s

Live Djonga:

https://www.youtube.com/watch?v=qCfmNTGnv2s&t=1894s

 

 

 


NOTAS

[1] Complexo de repúblicas estudantis da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), situado no campus do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS) da UFOP.

[2] Instituto de Ciências Sociais Aplicadas da UFOP, também situado em Mariana.

[3] Cf. GUMBRECHT, Hans Ulrich. Produção de Presença: O que o sentido não consegue transmitir. Rio de Janeiro: Contraponto: Ed. Puc-Rio, 2010. GUMBRECHT, Hans Ulrich. Atmosphere, Mood, Stimmung: on a hidden potential of Literature. California: Stanford University Press, 2012.

[4] Desenvolvo um pouco essa reflexão sobre Bacurau na apresentação de um volume dedicado à tradução de textos de Ethan Kleinberg realizada por mim que será publicado em breve pela editora Milfontes.

[5] DERRIDA, Jacques. Espectros de Marx. O Estado da dívida, o trabalho do luto e a nova Internacional. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1994. KLEINBERG, Ethan. Haunting History: for a deconstructive approach to the past. Stanford: Stanford University Press, 2017. BEVERNAGE, Berber. História, memória e violência de Estado: tempo e justiça. Tradução: André Ramos e Guilherme Bianchi. Serra: Editora Milfontes/Mariana: SBTHH, 2018.

[6] Cf. FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Salvador: Edufba, 2008. MBEMBE, Achille. Critique of Black Reason. Durham: Duke University Press, 2017.

[7] Cf. RAMOS, André da Silva. Machado de Assis e a experiência da história: climas e espectralidade. Tese (Tese em História) – Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, 2018. A questão da espectralidade também perpassa a minha reflexão no livro Robert Southey e a experiência da história, especialmente presente nas considerações finais. Cf. RAMOS, André da Silva. Robert Southey e a experiência da história: conceitos, linguagens, narrativas e metáforas cosmopolitas. 1. ed. Vitória/Mariana: Milfontes/SBTHH, 2019.

[8] KLEINBERG, Ethan & RAMOS, André da Silva. Ethan Kleinberg: Theory of History as Hauntology, História da Historiografia, Ouro Preto, n. 25, pp. 212-228, dez. 2017. Entrevista concedida a André da Silva Ramos.

[9] Agradeço ao querido Luciano Roza pela leitura do texto e o diálogo sempre enriquecedor.

[10] ROZA, Luciano. Representação da negritude e de passados africanos e afrobrasileiros no Rap mineiro (2008-2018). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=RL0eiCmkQW4&feature=youtu.be&fbclid=IwAR0Kzk7GdOhVp9fhjaTXI3aR6NHa_0i9zch1qJdsApSQ_AMSG-VYn-bcVMo>. Acessado pela última vez no dia 16/06/2020.

[11] Cf. OLIVEIRA, Maria da Glória de. A história disciplinada e seus outros: reflexões sobre as (in)utilidades de uma categoria. AVILA, Arthur; NICOLAZZI, Fernado; TURIN, Rodrigo. A História (In)disciplinada:  Teoria, ensino e difusão de conhecimento histórico. Vitória: Editora Milfontes, 2019.

[12] ARAUJO, Valdei Lopes de. História da Historiografia como analítica da historicidade, História da Historiografia, Ouro Preto, n. 12, ago., pp. 34-44, 2013. RANGEL, Marcelo Da ternura com o passado: História e pensamento histórico na filosofia contemporânea. Rio de Janeiro: Via Verita, 2019. RODRIGUES, Thamara. Theory of History and History of Historiography: openings for “unconventional histories”, História da Historiografia, v. 12, n. 29, jan-abr, 2019.

[13] PINHA, Daniel. Ampliação e veto ao debate público na escola: história pública, ensino de História e o projeto “Escola sem partido”, Revista Transversos, v. 7, n. 7, set. 2016, pp. 11-34. NICOLAZZI, Fernando. O Brasil Paralelo produz história?, Youtube: Canal Historiar-se. Disponível em:< https://www.youtube.com/watch?v=R71LxS5FhD8>. Acessado pela última vez no dia 13/06/2020.

 

 

 


Créditos na imagem: Instagram /@tussenkunstenquarantaine. Reprodução.

 

 

 

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