Dia Internacional dos Povos Indígenas

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O Dia Internacional dos Povos Indígenas é uma data criada em 09 de agosto de 1995 pela ONU (Organização das Nações Unidas) para defender condições dignas de vida para os povos originários de todo o planeta, condições essas que perpassam pela autodeterminação de suas culturas e tradições e pelo direito de demarcação de suas terras, bem como pela garantia de acesso aos Direitos Humanos.

A comemoração é fruto do trabalho, da luta e da mobilização de inúmeros representantes indígenas de todo o globo terrestre pelo fim dos ataques às várias etnias indígenas, espoliações de terras, destruição das florestas e do modo de viver dos povos originários, iniciados há mais de 500 anos pelo projeto genocida, epistemicida e escravista do colonizador europeu.  Desse modo, no dia 09 de agosto, celebra-se as agências e as resistências de todos os povos indígenas do planeta à morte, à escravidão, à aculturação e a todos os violentos processos engendrados pela colonização europeia e pela suas continuidades na contemporaneidade.

Celebra-se a vida, a ancestralidade e o encantamento do mundo e da natureza diante da dureza da realidade, da técnica e do Capitalismo!

 

Para celebrar a luta dos povos indígenas, indicamos a leitura de alguns livros de escritores ameríndios.

 

A vida não é útil – Ailton Krenak

Ideias para adiar o fim do mundo – Ailton Krenak

A Queda do Céu – Davi Kopenawa e Bruce Albert

A terra dos mil povos – Kaká Werá Jecupé

 

Além disso, para saber mais sobre a discussão, indicamos também a leitura de alguns artigos da Revista História da Historiografia sobre o assunto.

 

Interseção de subjetividades: a presença indígena na escrita afetada dos jesuítas – Guilherm Galhegos Felippe & Carlos Daniel Paz.

Narrando a Conquista: como a historiografia leu e interpretou os acontecimentos ocorridos no México entre 1519 e 1521Luís Guilherme Kalil & Luiz Estevam Fernandes.

A historiografia nacional como «começo». A Historia de Méjico de Lucas Alamán e a História Geral do Brazil de Francisco Adolfo de Varnhagen – Ricardo Ledesma-Alonso.

Sobre a inconstância da alma cordial: presença e ausência ameríndia em Raízes do Brasil – André Jobim Martins

 

 


Créditos da capa: Sônia Guajajara, Coordenadora Executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), no Acampamento Terra Livre, em 2019. Foto: APIB.

 

 

 

SOBRE O AUTOR

Keversson William Silva Moura

Mestrando em História pela Universidade Federal de Ouro Preto. Integra o Grupo de Pesquisa Temporalidades e Histórias Populares. Desenvolve pesquisa na área de Teoria da História, História da Historiografia Brasileira e Literatura Romântica, onde investiga o Romantismo brasileiro e as suas interfaces com a questão homoerótica.

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