Eu vim da safra de poetas loucos
De areia fiz
O meu baluarte
Peregrino adentro de meus labirintos
Espinho indolor,
Ora incolor,
Ora sou arte.
Eu nunca aprendi a dizer adeus
Eu minto que me acostumei com a solidão
Coleciono palavras que nunca foram ditas
E finjo aceitar, a sua razão.
Será que estou mesmo neste tempo?
Será que na infância eu não morri?
Por onde andará aquela criança que adentrava nos livros,
E quem é esta que outrora deixou aqui?
O que é que eu tenho que eu não sei achar?
Porque acho coisas que nunca procurei?
Onde é o meu lar, que eu não fui morar?
Onde é o meu destino que não avistei.
Sou lareira acesa em madrugada fria
Sou pássaro sem ninho sempre atrás da flor
Eu falo de coisas que nunca vivi
E ainda ousam chamar-me de escritor.
Eu sou um girassol que nasceu no asfalto
Eu canto em noites que não tem luar
Será que sou louco, ou apenas um tolo?
Ou serei eu um poeta que não soube amar?
Eu sou um poeta…?
Créditos na imagem: Pinterest
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História da Historiografia
História da Historiografia: International
Journal of Theory and History of Historiography
ISSN: 1983-9928
Qualis Periódiocos:
A1 História / A2 Filosofia
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