HH Magazine
Poesia

Nu

 

eu me desuso
nu
sou ao contrário
o ameno
choque

eu me desconheço
desfaço
velo
o amor
à pólvora e veneno

eu gozo nos pilares de
viadutos.
nas noites
nos dias na grama

na cama
trepo
como no asfalto
as frutas as árvores
infrutíferas
paixões e mortes

no mal que faço me
orgulho do bem que
não
me queixo:

o amor é
a quintessência
daquele que vaticina a própria
avidez

 

 

 


Créditos na imagem: Acervo pessoal.

 

 

 

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