O Borba Gato deve ir pro beleléu? Breves considerações sobre a política da história, o passado bandeirante e a brasilidade

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Não. Explico-me:

Para responder à pergunta, devemos perguntar, antes de mais nada, por que a fazemos. Quem dirige o sentido contestatório de nossa história? Afinal, existe um ente capaz de dirigi-la? Existe um sentido nesta política da história e neste futuro presente que quer “ressignificar” suas amarras? Trata-se, portanto, de ver qual é a política da história (FONER, 2017) por detrás do ato em si.

Do que tratamos quando falamos da política da história? Justamente, da correlação de forças políticas que buscam se apropriar do passado e conduzir narrativas de sentido futuro, condição sine qua non para a existência do debate e da eventual disputa por hegemonia.

O assassinato brutal de George Floyd “transbordou o copo” e levou milhares as ruas em todo o mundo. As grandes mobilizações de massa ocorridas nos Estados Unidos chegaram na antiga metrópole inglesa. Como expressão da revolta e de luta contra o racismo, foi apregoada uma marcha iconoclasta contra estátuas de antigos proprietários de escravos. Uma delas, de Edward Colston em Bristol – um escravocrata para os setores mais progressistas[1], um “filantropo” para conservadores[2] – hoje já não respira os ares do centro da cidade e não faz parte mais da camada superior da memória histórica. Hoje, ela se vê sucumbida à ruína. Seu futuro ativo como lugar de memória descendeu para o lugar da arqueologia. O tempo natural do fundo do rio haverá de decompor tamanha estrutura metálica.

Não há dúvidas de que a recente discussão sobre a queda ou não do Borba Gato é oriunda desta política da história inspirada num outro contexto que não o brasileiro. Isso não quer dizer, por outro lado, que não existam trágicas semelhanças racistas com o contexto estadunidense. O fuzilamento à revelia, com 80 tiros, de uma família pelo Exército brasileiro no Rio de Janeiro em 2018[3], assim como a recente morte do menino João Pedro[4] pela Polícia Militar não deixam dúvidas da brutalidade contra as maiorias populares, quase todas mestiças, pretas e pobres.

A diferença histórica entre Estados Unidos e Brasil também é abismal. O racismo brasileiro, constrangido, velado e violentamente silencioso possui outra chave de entendimento se comparada a um país que, ainda nos anos 1960, queimava casas de negros e praticava atos terroristas explícitos, assasinava perspicazes líderes da envergadura de um Malcom X e Martin Luther King Jr., e tinha o disparate de separar banheiros públicos pela cor da pele, tudo em nome de uma supremacia racial. Conforme aponta o historiador estadunidense Eric Foner (2017), antes mesmo de 2001 os EUA já praticavam terrorismo contra seu próprio povo.

No Brasil, as elites foram mais espertalhonas. Perderam a luta pelo branqueamento e o evolucionismo racial advindo do ultramar. Gobineau não só era convidado por Dom Pedro II para promover palestras sobre sua visão anti-mestiça, como também seus livros eram cabeceira para parte desta elite, que subjugou o negro pós-abolição a uma cidadania de segunda classe, conforme descreve Florestan Fernandes (2008). No entanto, a luta do povo trabalhador na República Velha e a Revolução de 30 colocam, em nome da unidade nacional, uma vertente de pensamento que valoriza determinados aspectos culturais antes tratados como crime, como a capoeira e a valorização do samba como música popular nacional a partir dos instrumentos políticos de propaganda estatal (GOMES, 2005).

Para Silvio Almeida,

 

a necessidade de unificação nacional e a formação de um mercado interno, em virtude do processo de industrialização, dão origem a toda uma dinâmica institucional para a produção do discurso da democracia racial, em que a desigualdade racial- que se reflete no plano econômico- é transformada em diversidade cultural e, portanto, tornada parte da paisagem nacional (ALMEIDA, localização, 1019 de 2919)

 

O intelectual que promove tal deslocamento nada trivial, a nosso ver, é Gilberto Freyre. Ao entender as questões raciais sob o prisma cultural, o ensaísta de Apipucos fornece uma outra chave de interpretação, que afronta visões conservadoras e hierarquizantes da ideia de raça, seja à direita ou à esquerda. Do ponto de vista da esquerda, é preciso lembrar a visão de Caio Prado Junior sobre os indígenas, segundo ele sujeitos oriundos de uma comunidade primitiva e atrasada (VAINFAS, 1999).  Nada tão diferente da afirmação evolucionista presente nos materiais de educação Moral & Cívica da ditadura militar, formulados por intelectuais integralistas como Plínio Salgado e que explicitamente defendiam a superioridade portuguesa em detrimento das demais raças. Ou seja, num hiato de 40 anos entre Gilberto Freyre e a ditadura, as raças ainda são uma via de regra inatas para caracterizar por meio da taxonomia hierárquico-étnica a o desenvolvimento da sociedade brasileira.

Mesmo assim, o trabalho de Gilberto Freyre cria uma visão veladora dos conflitos raciais, na medida em que sua leitura se dispersa e adquire generalidade no conjunto da sociedade brasileira. Produz-se, com isso, uma metanarrativa própria, cuja base é a ideia de um país sem conflitos desta ordem, porque mestiça e harmoniosa.

Se por um lado Freyre é acusado de ter sido o “pai” do mito da democracia racial, foi ele quem também influenciou intelectuais que combateram esta falácia, como Darcy Ribeiro. Ou, até mesmo, de intelectuais que compuseram o campo do trabalhismo, como Alberto Guerreiro Ramos (1963; 1996). Nesse sentido, não há uma interpretação unívoca sobre o pensamento de Gilberto Freyre. A afirmação de um país mestiço, na voz do antropólogo de Montes Claros, produziu um “paradigma da ninguemdade”. No encontro violento das três raças, de povos transplantados e originários, surgiu o brasileiro, com sua tragédia como povo mestiço, ao mesmo tempo criativo e dinâmico. Tese essa também defendida pelo filósofo da fronteira Estados Unidos e Brasil, Roberto Mangabeira Unger (2018), que identifica no Brasil uma “anarquia criadora” original. Nesse sentido, a mestiçagem nos diferenciaria substancialmente da condição histórica dos Estados Unidos.

Retomo essa discussão para dizer que o Borba Gato se enquadra nessa história trágica, onde os bandeirantes – cristãos novos fujões da Inquisição e da Ordem jesuíta portuguesa – foram os responsáveis pelo extermínio e escravização de milhares de indígenas. Ao mesmo tempo, também promoveram uma íntima interação com a cosmogonia e as línguas nativas, incorporando-as ao seu cotidiano. Nem mesmo o português era dito, mas a língua geral, uma confluência do tupi com o luso, fruto destes mundos em choque. Portanto, se por um lado o bandeirismo rememora essa trágica violência do colonizador, também deve ser lembrado que, sem o protagonismo indígena, não haveria a possibilidade de incursão nesse terreno, sendo sequer possível a construção do que viria a ser chamado à época de “Ilha Brasil” (GOES FILHO, 2015).

Além disso, o Borba Gato também faz lembrar que parte da história que contamos sobre esse período é oriunda de inúmeras narrativas enviesadas de jesuítas, que encaravam os bandeirantes como crápulas sanguinários e bárbaros, afinal, muitos deles cristãos novos – judeus “impuros”- como o próprio Raposo Tavares, que segundo estudos anteriores e mais recentes, lutava contra a imposição de uma religião imposta pela força[5].  É aqui que reside a visão da leyenda negra contada pelos jesuítas, catequizadores e responsáveis pela brutal tentativa de dessujeitamento dos povos originários. Aliás, segundo Novinsky, os jesuítas seriam “os principais agentes da inquisição portuguesa” em solo americano. Para onde se olha, portanto, na história do Brasil, a violência come para todo lado.

Um lugar de memória como o Borba Gato serve para gerar curiosidade, dar sentido de orientação prática no tempo. Mostra que é possível reivindicar a historiografia como forma de iluminar o sentido desse monumento das bandeiras, que convive com o maniqueísmo da “leyenda negra” feita por inquisidores na América portuguesa e, posteriormente, compartilhada por historiadores profissionais, ao mesmo tempo que é glorificada como monumento que quer produzir uma memória de excepcionalidade paulista com relação ao resto do Brasil, conforme desejou-se fazer o movimento sedicioso de 1932 e na criação da estátua em 1963.

Anita Novinsky e Jaime Cortesão jogam ainda mais lenha na fogueira, mostrando que o buraco mal contado desta história é bem mais embaixo, onde a luta entre jesuítas e bandeirantes foi uma luta entre inquisidores e judeus, cujo passado ativo contemporâneo disputa quem mais contribuiu para a barbárie contra os indígenas.  Não fosse a discussão sobre o Borba Gato, talvez nem aprofundaria sobre essa história, antes por mim desconhecida em seus detalhes. Cabe ao historiador a mediação e a intervenção cultural crítica. Porém, em nosso momento, não cabe a iconoclastia, mas a edificação de uma política da história nacional que repense sua própria universalidade. Afinal, caso o Borba Gato vá para o chão, alguém pode acusar o movimento pela sua derrubada[6] de seguir a tradição histórica antissemita contada sobre a expedição.

A frase “toda história é história contemporânea” dita por Benedetto Croce já faz parte do senso comum acadêmico.  E é sobre isso que gostaria de refletir com vocês hoje.

O Brasil vive uma crise de identidade e civilizatória que não é do “agora”, que hegemoniza o pensamento reacionário dominante desde 2013. Parafraseando Leonel Brizola, “isso vem de longe”. Um sintoma desta tentativa de desconstrução da nacionalidade vem, ao menos na área do ensino de história, desde metade dos anos 1990, com a aprovação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), porém com outra vestimenta, de lógica liberal. Ali tentou-se incorporar o pensamento multicultural como paradigma de ensino. Era preciso pensar não somente a fronteira que nos unia, mas “as fronteiras internas” que nos diferenciavam, conforme apontava à época Lana de Castro Siman (1999).

O resultado foi a constituição de um currículo orientado pela dicotomia semelhanças/diferenças, em detrimento de uma política histórica pautada pela dialética igualdade/ desigualdade, cuja centralidade seria a interpretação de um sujeito histórico diverso a partir de um sujeito genérico, unido na diversidade: o cidadão. Conforme aponta Carlos Eduardo dos Reis (REIS, 1999), a versão liberal da história a partir dos PCNs pulverizou o saber histórico enquanto conhecimento construído e esvaziou a ideia de cidadania.

Do ponto de vista econômico, o país assistiu ao maior desmonte em meio século (entre 1930 e 1980) de sua estrutura estatal, pujante e, mesmo com todos os problemas, contradições e dificuldades, a principal “propriedade do povo brasileiro” que criou índices robustos de crescimento econômico. Segundo Gilberto Felisberto Vasconcellos, Fernando Henrique Cardoso privatizou mais em democracia do que Pinochet em uma sanguinária ditadura (VASCONCELLO, 2014). O Brasil perdeu senso estratégico público e entregou ao capital internacional companhias constitutivas da luta do povo brasileiro contra o nazi-fascismo, como a Companhia Vale do Rio Doce e a Companhia Siderúrgica Nacional. O mundo multicultural era reflexo de um mundo “multieconômico”, “aberto” e de nova ordem oriunda da globalização.

Os “nacionalistas jurássicos e antiquados” dos anos sessenta que sobreviveram ao exílio e que foram peças importantes para a construção da Carta Magna de 1988 pareciam falar para as paredes. Milton Santos (2018) remava contra a maré e expunha as falácias da globalização na geografia. Seguindo a mesma lógica topetuda reclamava Darcy Ribeiro, exilado das universidades mesmo após seu retorno, amargurado ao fim da vida, assistindo a farra das elites com o patrimônio nacional. Por pouco a Petrobras não se torna Petrobrax naquele período. Não foi por falta de vontade. A resistência nas ruas conseguira garantir a marcha despudorada da desnacionalização econômica, política e cultural.

Conforme aponta o ex-ministro da Casa Civil de João Goulart, os anos 1990 foram expressão maior da marcha já em curso, segundo o autor em curso desde os anos 1970, de recolonização política e cultural do Brasil pela metrópole norte-americana (RIBEIRO, 1978). A entrega econômica também possuia expressão intelectual e cultural: as escolas acadêmicas do ultra-mar e estadunidenses foram importadas como produtos manufaturados para a explicação do Brasil.

Nesse sentido, a explicação do fenômeno da Englishness proposto por Stuart Hall foi concebido de forma protocolar como teoria política para a interpretação das fronteiras internas e das diferenças brasileiras. Tratava-se de uma tradução canônica das teorias advindas de outras regiões como estrutura narrativa capaz de explicar e desconstruir o direito à nacionalidade. Não tenho absolutamente nada contra os postulados de Stuart Hall e seu pensamento progressista pós-colonial. Porém, os limites objetivos de interpretação das culturas periféricas na Europa se diferem da produção cultural em outras experiências geográficas e políticas, como a Brazyleyra, essa profana maneira de escrever, sincrética e ousada do palavreado Glauberiano dos anos 1960, perdida nas sombras da Tropicália.

Não se tratava de uma absorção, e sim de uma mecanização teórica. O Brasil foi e ainda é compreendido em larga escala por meio da estrutura de reprodução metrópole-satélite. Não há espaço para o antropofágico, a deglutição e a produção de uma linguagem histórica. Perdemos uma estratégia intercultural própria, admirada pelo mundo, de construir um mundo criativo, sincrético, numa ideia de brasilidade anti-essencialista, dotada de uma universalidade peculiar. Por um longo período, pensamos o mundo a nossa maneira, a partir dos nossos referenciais e significantes.

Hoje e nos anos 1990, a tradução dos raciocínios históricos tal qual descrita como princípio ético-político pelo indiano Sanjay Seth (2013) ocorre no Brasil quase como uma operação de Google Tradutor: joga-se a frase, ali ela é processada e, num conteúdo quase literal, tem-se a mensagem na língua nativa. Não é um sintoma somente historiográfico: hoje nem mesmo temos direito a um liberalismo brasileiro. O chique e elegante é ser austríaco.

Afinal, como é possível propor uma atividade criadora? Seria seu papel, como domador de passados práticos e mediadores do ocorrido, também propor futuros práticos? Afinal, qual é o futuro a ser construído pela história e seus profissionais no Brasil?

Como a atividade industrial, criadora e inovadora por excelência, cabe ao historiador propor novas periodizações e novos temas que auxiliem a compreensão do tempo em que se encontra. A proposta deve, em primeiro lugar, ir de encontro ao “mazombismo” denunciado por José Honório Rodrigues: uma história que centraliza em excesso a experiência europeia e fica de costas para a história de seu povo (RODRIGUES, 1978).

Por isso, quanto mais monumentos indígenas que remetam à resistência ao colonialismo, quanto mais incoroporados à vida nacional e – por que não – em conflito com os antigos monumentos bandeirantes e jesuítas, melhor. Legal seria se tivéssemos um indígena da nação guaicurus – conhecida por seu espírito rebelde- ao lado do Borba Gato. Mais fundamental é soerguer monumentos que incorporem o elemento da mestiçagem, não somente com fins de apresentação da diversidade, como também algo que remetesse ao seu aspecto violento que cria a nossa brasilidade.

Retomar a questão nacional se identifica com dar vivacidade à história. Significa se aproximar das questões reais que impedem a libertação de nosso futuro a projetos criadores, autônomos e não alinhados para o porvir. Ao mesmo tempo, é uma história que apresenta os elementos para garantir a proteção social dos seus cidadãos, numa perspectiva problematizadora, crítica e não alienante.

Hoje, mais do que nunca, um dos monumentos mais importantes do país, utilizada como manto sagrado nas Copas do Mundo – a bandeira nacional – é colocada abaixo da bandeira de nossos recém-proprietários estadunidenses sem maiores problemas. Nosso presidente canta o hino nacional estrangeiro de forma despudorada. Diz em meio a uma reunião diplomática que ama o sujeito louro que governa a Casa Branca, o terror de imigrantes mexicanos e das crianças negras em seu próprio país.

O atual alinhamento completo ao governo estadunidense sem nenhuma contrapartida faz o Barão do Rio Branco – um expoente da construção de uma ideia moderna, autônoma e estratégica de Brasil – dançar break no caixão. O período é de franca e aberta recolonização cultural. Um tuíte do Trump logo é replicado como política a ser feita por Jair Bolsonaro. O Planalto tornou-se uma área extendida da Casa Branca.

Em tempos de colonialismo, é preciso retormar a luta dos nossos compatriotas africanos dos anos 1960. É preciso retomar a filosofia da libertação proposta na dialética senhor-escravo de Albert Memmi (1991) e Frantz Fanon (1961). Casar tais autores com a leitura de Brasil propostas por Miguel Arraes, um dos organizadores do pensamento político terceiro-mundista. E no meio dessa história toda, promover a releitura do Povo Brasileiro de Darcy Ribeiro. É reencontrar-se com os filmes de Glauber Rocha.   É esse balaco-baco, fruto da capacidade de ginga dos trópicos e o nosso direito de sermos brasileiros que vai, mais uma vez, nos salvar. E é desse encontro teórico -produzido por meio de uma universalidade contestatória (HAIDER, 2018) –  que devemos pensar o nosso direito à edificação e ao monumento nacional. Explorar o máximo que pudermos da contradição mestiça e suas dualidades, que se constrói entre o violento e o tolerante, entre o dinamismo anárquico-criador e o império do caos. Afinal, é dessa substância material vista nas diferentes cores da nossa gente que edificamos a Ilha Brasil.

 

 

 


REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Silvio. Racismo Estrutural. São Paulo: Pólen Livros, s/d.

FANON, Frantz. The Wretched of the Earth.

FONER, Eric. Battles for freedom: the use and abuse of American History – Essays from the Nation. New York: I.B. Taurus, 2017.

GOES FILHO, Synesio Sampaio. Navegantes, Bandeirantes, Diplomatas: um ensaio sobre a formação das fronteiras do Brasil. Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2015.

GOMES, Ângela de Castro. A invenção do trabalhismo. Rio de Janeiro: FGV, 2005, 3ª Edição.

HAIDER, Asad. Mistaken Identity: race and class in the age of Trump. Londres: Verso, 2018.

MEMMI, Albert. The Colonizer and the Colonized. Boston: Beacon Press, 1991.

RAMOS, Alberto Guerreiro. A Redução Sociológica – Introdução ao Estudo da Razão Sociológica. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1996. Ver também:  Mito e Verdade da Revolução Brasileira. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1963.

REIS, Carlos Eduardo dos. Ensino de história e a pulverização da história enquanto conhecimento construído. In: Simpósio Nacional de História (20:1999: Florianópolis) História: Fronteiras/Associação Nacional de História. São Paulo: Humanitas/ FFLCH/USP: ANPUH,1999, vol.1, pp 163-175.

RIBEIRO, Darcy. As Américas e a civilização. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1970.

____________. A Universidade Necessária. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.

RODRIGUES, José Honório. Teoria da história do Brasil– introdução metodológica. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1978, 5ª Ed.

SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2018, 28ª Edição.

SETH, Sanjay. Razão ou Raciocínio? Clio ou Shiva?. Revista de História da Historiografia, nº 11, 2013, pp.173-189.

SIMAN, Lana de Castro Mara. Os currículos e as novas fronteiras da história. In: Simpósio Nacional de História (20:1999: Florianópolis) História: Fronteiras/Associação Nacional de História. São Paulo: Humanitas/ FFLCH/USP: ANPUH,1999, vol.1, pp 245-258.

UNGER, Roberto Mangabeira. Depois do Colonialismo Mental: repensar e reorganizar o Brasil. São Paulo: Autonomia Literária, 2018.

VAINFAS, Ronaldo. Colonização, miscigenação  e questão racial: notas  sobre equívocos e tabus  da historiografia brasileira. In: Tempo- Revista de História da UFJF, 1999.

VASCONCELLOS, Gilberto Felisberto. Gunder Frank: o enguiço das ciências sociais. Florianópolis: Editora Insular, 2014.

 

 

 


NOTAS

[1] https://www.sul21.com.br/opiniaopublica/2020/06/homenagear-quem-por-caroline-silveira-bauer/amp/

[2] https://brasilsemmedo.com/churchill-esta-preso/

[3]https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2019/04/08/dez-militares-sao-presos-apos-acao-do-exercito-que-fuzilou-carro-de-familia-no-rio-com-80-tiros.ghtml

[4]https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2020/05/20/o-que-se-sabe-sobre-a-morte-a-tiros-de-joao-pedro-no-salgueiro-rj.ghtml

[5] Artigo disponível em: https://congresojudio.org/uploads/coloquio/139/coloquio_version_descarga.pdf.

[6] https://www1.folha.uol.com.br/colunas/robertodias/2020/06/o-futuro-do-passado-do-revisionismo-historico.shtml

 

 

 


Créditos na imagem: Estátua do Borba Gato, em São Paulo / Divulgação.

 

 

 

SOBRE O AUTOR

André Luan Nunes Macedo

Doutorando em História pela Universidade Federal de Ouro Preto (2017-). Mestre em História pela Universidade Federal de São João Del-Rei (2013-2015). Foi professor substituto no curso de História da Universidade Federal de Alagoas (2016). Durante o mestrado trabalhou na área de ensino de história e história política comparada na América Latina. Atualmente continua seu programa de pesquisa na área de ensino, especialmente com a história dos livros didáticos, o conceito de eurocentrismo e a produção da Nação. Investiga as formas e funções do conhecimento histórico entre as diferentes perspectivas nacionais, refletindo principalmente sobre a questão política e ideológica como substratos fundamentais para a consolidação da narrativa histórica e na construção de sentidos temporais. Foi bolsista do PIBID (Programa Institucional de Incentivo à Docência) (2010-2011), realizando o trabalho em escolas da educação básica. Antes do mestrado realizou pesquisa de Iniciação Científica (2009-2010) com o foco nos livros didáticos de História. Recentemente foi aprovado no Programa Doutorado Sanduíche da CAPES (2019) para realizar seu estágio no Centro de Estudos Pós-Coloniais da University of Goldsmiths, Londres, sob a supervisão do professor Sanjay Seth (período de seis meses). E, também, no Centro de Estudos Latino-Americanos da University of Wisconsin- Madison, sob a supervisão da professora Lesley Bartlett. É membro da Postcolonial Studies Association e da Sociedade Brasileira de Teoria da História e História da Historiografia.

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