Luísa besunta o corpo com óleo de coco, passa seu protetor 150 na face, veste seu chapéu de madame – daqueles que deixam qualquer pessoa parecendo um Yorkshire – e se deita sobre sua canga. Ouve o som tranquilizante das ondas serenas do mar. Como é bela a vida, tudo é harmônico.
Os inocentes do Leblon estão agora no sul da Bahia.
Reza a lenda que Luísa tomava sol em uma praia de Hiroshima no dia seis de agosto de quarenta e cinco quando ouviu um estrondo e viu aquele cogumelo de destruição no céu.
Não se deixou abalar, era hora de queimar as costas e o bumbum. Virou de bruços, se apoiou sobre os cotovelos e abriu seu livro.
Em Trancoso ou em Hiroshima, Luísa é inocente e flutua sobre os mortais: quem não deve não teme.
Créditos na imagem: Rebeca Dantas
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História da Historiografia
História da Historiografia: International
Journal of Theory and History of Historiography
ISSN: 1983-9928
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A1 História / A2 Filosofia
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