Sonhei que era ano do centenário
da Semana de Arte Moderna.
Sonhei um ano antecipado.
Tinha ido dormir
com um livro escrito por mim
pronto
para publicá-lo
e com a notícia
de que meu notebook
acidentado ano passado
estava em fase final de testagem
e prestes a voltar para casa.
Embora eu queira lançar
o livro novo este ano,
meu desejo o quer no centenário.
A rua onde moro
onde fica minha casa
amanheceu iluminada
com os últimos sóis do verão
e com a costumeira
feira de quintas.
A luz amarela sugere a mim
caju.
Não é que eu seja
da estirpe dos modernos
da Semana,
talvez a eles seja um dos devedores.
Tarsivald,
Mário.
Meu livro novo
em linguagem de desenho
e em caracteres
em tempos pandêmicos
é das almas deste mundo
cozinheiro.
Libero Badaró poderia
ser seu endereço.
Sonhei Mercúrio,
de notícias composto.
Acordei condoreiro
em dias carpideiros.
Créditos na imagem: Reprodução: Texto Lembranças,
Yuri Al’Hanati, 2016.
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