Eu corrompo noites de junho
Apodreço em lençóis perfumados
Viro, indago e tergiverso
O sumo acerbo do silêncio
Minhas teses andejam trôpegas
Meus por quês cavalgam soltos
Derreto palavras sem sentido
Esbarro em pecados avulsos
Ignaro feito um seixo
Lábil feito um girino
Diz-me, oráculo dos néscios
O que há por trás da porta?
O que existe além da janela?
Quem me trouxe até este lugar?
Acalma-te, filho amado
Diz o oráculo complacente
Um dia, tu vais saber
Um dia, tu vais entender
Por enquanto
Tenta dormir
Apenas dormir
É tudo que te é dado ter.
Créditos na imagem: Divulgação. Tempo Abstrato. Foto: Chronosfer.
[vc_row][vc_column][vc_text_separator title=”SOBRE O AUTOR” color=”juicy_pink”][vc_column_text][authorbox authorid = “224”][/authorbox]