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Poesia

Superficialidade

Para além da ambiguidade

Para além da contradição

Superficialidade

 

Sigo vivendo a minha humanidade. Frágil

Abstrata

 

Sigo

Sinto

Persisto nos costumeiros erros

Sigo, sinto

Sorrio, choro prantos.

 

não posso chorar

a sociedade disse que é errado.

 

Persisto, sorrio

Conto uma mentira baixinho

Mentir não é pecado.

 

Lentamente

o SOFRIMENTO se move

para dentro

do meu rio

meu corpo é rio.

 

Invento uma mentira baixinho. Finjo devagarinho. Vivo a inconstância de viver

o SOFRIMENTO se move

para dentro

do meu rio, meu corpo é rio.

 

 

 


Créditos na imagem: Autoria de Paula Ester Apolônio.

 

 

 

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