1
Pescam luas
com ratoeiras magnéticas
a tatuarem as margens do rio.
2
Com bolsos rasgados de oxigénio
deixam cair moedas de espelhos
quebrados pela dívida dor.
3
Eles caminham nas
nuvens com sapatos de neve
para diminuírem o calor da distância
4
Os gatos suam a noite toda
e ao amanhecer leiloam
as suas torneiras de suor para o orvalho.
5
O rugir do silêncio
é mais forte
quando escutado nas colunas do medo.
6
Em cima da mesa
os holofotes ardem
dentro dos pratos escuros de abandono
7
O medo é uma voz nostálgica
que se espelha das nossas dores
embriagadas de insónias seculares
Créditos na imagem: Reprodução: Comunicação nem sempre rompe o silêncio – Portal Press.
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