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Poesia

Laroyê, Grande Rio!

 

De Caxias para o topo do mundo

Bebendo marafo, devorando padê

A boca que tudo come, num desfile fecundo

Abriu caminhos num mar de dendê

 

Sete chaves, sete possibilidades

Destrancou porteiras e portas fechadas

Os donos da rua, potentes entidades

Reis e rainhas das encruzilhadas

 

Alegria, prazer, gargalhada

Que espanta a miséria feito festa

Sob a luz da lua de quem é afilhada

Girou Grande Rio nem um pouco modesta

 

Gingou o malandro pelos pés do passista

Cantou seus encantos na voz do folião

Tocou seus tambores pelas mãos do ritmista

Provou que o samba é muito mais: Religião!

 

E pulsante como a vida

Num cortejo transcendental

Diante da avenida embevecida

Firmou ponto para o rei do carnaval!

 

 

 


Crédito na imagem: Reprodução. Desfile da Grande Rio. Foto: Alexandre Durão/G1.

 

 

 

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