Para o Ilé Àse Ojú Omi
Aqui ouvimos a cantiga do tempo
Que assovia suas canções por entre as folhas sagradas
Junto ao coro de cigarras e grilos ao entardecer
E do galo anunciando um novo alvorecer
Os pés descalços na terra que nos sustenta e alimenta
Nos ensina a ser terra, a saber que somos terra
Sementes a brotar do chão para alcançar a imensidão
Seguindo o caminho com humildade e retidão
Nos curvamos diante da sabedoria dos mais velhos
Estendemos a mão para os mais novos
Convém falar pouco, ouvir mais
Reverenciar os ancestrais
Ser abençoado e abençoar
Festejar, dançar ao toque do tambor
Partilhar a fartura do alimento à mesa
Compartilhar amor
Créditos na imagem: Reprodução: Verônica Frizon Fotografia
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