Um dia
Um negro Serrano
Nobre imperador
Desfilou seu cortejo
Com as cores
De uma aquarela
Na avenida do meu
Coração
Foi num carnaval
Mas não foi
Uma doce ilusão
Seu divino império
Ratificou garbosamente
O amor em meu peito
E não teve jeito
Me tornei imperial
Súdito de um rei
De uma realeza
Pra lá de especial
De reza e devoção
De festa e carnaval
Um reino real
Pujante Serrinha
Do verde das matas
Das noites de jongo
Prazeres do samba
Do santo guerreiro
Um sagrado terreiro
Império Serrano
Democracia
De Oliveira Nascimento
Monteiro Avelar
Cardoso dos Santos
Antero Dias
Menezes e Silva Junior
Resistência
Toda minha
Reverência!
Créditos na imagem: Casal de mestre-sala e porta-bandeira do Império Serrano no carnaval de 1969 Foto: Agência O Globo.
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