contudo, faltou o balanço.

sabia que flores seriam mesmo da imaginação.

no caixa o bigode elevando o cinquenta

à potência máxima entre as dúbias lâmpadas

do estabelecimento e a velocidade do tempo

enquanto a máquina come a nota

e a cortininha se abre sem a nastassja kinski.

a calcinha branca sobre a pele preta, a coreografia

do anular sobre os bicos, os bicos no vidro.

perfeito claro escuro para a fotografia

possível, mas considerando as flores.

algum escuro plástico das encostas

finalizando industrial e duplo a sequência.

faltou o balanço (não o da cobra

fevereira tropicalista) mas, algo que

tivesse seu ritmo de idiota e evasiva.

o banner e o saco aberto de cimento

compunham cor e dureza futuras.

no detalhe refiro o póro específico

mais o vapor da vitrine diante do tablado redondo giratório.

 

 

 


Créditos na imagem: Head – Alberto Giacometti.

 

 

 

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