Lançamento: Da ternura com o passado

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“Os textos reunidos neste livro têm uma preocupação comum, a de pensar o modo de constituição da história e qual seria o papel do homem nesta dinâmica. O que está na base desta discussão é que a história se mobiliza e se organiza a partir de um movimento que vai da forma/aspecto ou de certa estabilidade, passando por determinada diferenciação, à forma/aspecto novamente, e isto por meio do espaço ou atividade que é o homem. Trata-se da tematização e descrição da temporalização da história e do que a torna possível, a saber: a tensão entre a temporalidade social e a mobilização própria aos homens em geral entre passados e futuros.

O que também reúne estes textos é a crítica à modernidade, a esta temporalidade específica que provocou uma denegação significativa do caráter de possibilidade da história. Neste sentido, descrevo o esforço de Nietzsche, Benjamin, Heidegger e Derrida em tematizar e reter, incessantemente, a possibilidade de que a história se diferencie e se reorganize, um cuidado que está na base do interesse de boa parte do pensamento contemporâneo pelo passado…”. (Marcelo Rangel)

 “… eu aprendi em minhas conversas com Marcelo que uma modalidade de relação feliz com o Passado ainda pode existir, modalidade essa autêntica e distinta daquela guiada pelo desejo e pela ilusão. Tal modalidade poderia jazer na busca por uma relação de aceitação de um Passado que, por conta de sua facticidade, parecia só aceitar uma relação de rejeição. Talvez essa maneira específica de ter uma relação amável com o Passado sempre tenha o status de uma redenção (…) Ao Marcelo eu devo, entretanto, a consciência de que “nós alemães” ansiamos por uma relação tenra com o Passado que herdamos. Conhecer essa condição talvez seja, de fato, o primeiro passo em direção a uma redenção que nós nunca alcançaremos“. (Hans Ulrich Gumbrecht).

 

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