Afetos artificiais ou o amor como mercadoria

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Esta semana vi uma manchete num jornal onde comentava brevemente mais um episódio de uma pessoa que se casou com uma outra “pessoa virtual”[1]. Casos como este vem se tornando recorrentes com o passar dos anos, onde humanos selam matrimônio com seres não-humanos, desde desenhos animados, até figuras humanoides geradas por inteligência artificial.

É natural que, quem lê, espere que eu diga coisas como “que horror!” ou “a humanidade está mesmo na sua decadência de preceitos morais”, etc. Mas, de antemão, devo dizer que não foi isso que me motivou a refletir um pouco acerca desta notícia. Na verdade, o caso me surpreendeu mais como uma outra manifestação da mercantilização das relações humanas, do que qualquer pretexto moral possível – críticas moralizantes são, aliás, bastante rasas para o que estamos lidando, ainda que não seja nada inédito dentro do funcionamento do capitalismo.

Atenção aos detalhes: primeiro, muitas destas notícias informam que um contrato foi estabelecido entre um ser humano e uma figura virtual – a saber, o contrato de casamento. Se levarmos até às últimas consequências do que significaria este contrato, trata-se, então, de uma comunhão dos bens privados de um humano com uma figura que não possui qualquer tipo de “patrimônio” – aliás, em muitos casos, a pessoa (“não-virtual”) em questão que firmou o casamento, muito possivelmente, pagou sozinha uma certa quantia em dinheiro, seja para criar o que virá a ser o seu “companheiro”, seja para oficializar a “cerimônia”. Tendo em vista que se trata de uma ferramenta – um “robô” (nas próprias palavras da mulher) – que não possui qualquer tipo de desejo a não ser uma série de comandos designados pelo algoritmo, ou programador, que a criou e desenvolveu, e enfatizando mais uma vez que tal personagem foi adquirido pela humana (como no caso que vi acima e inicia este texto), podemos afirmar sem grandes surpresas que, em última análise, estamos tratando da relação de uma pessoa com uma mercadoria – já que a opção de adquirir um programa capaz de desenvolver uma inteligência artificial que simula conversas humanas e imagens está disponível no mercado digital para quem quiser e puder adquirir, assim como instituições (não necessariamente jurídicas) capazes de reconhecer uma relação supostamente conjugal (contratual) entre o humano e a “pessoa virtual” (namorado virtual?) adquirida. Agora sim, chegamos ao ponto indivisível desta interação entre “criaturas” humanas e não-humanas. E, uma vez neste patamar, vemos que não há nada de novo – apenas pessoas se relacionando com mercadorias como se estas últimas fossem pessoas. E conhecemos um estimado cidadão que escreveu uma coisa ou duas a respeito: Karl Marx.

 

Aqui, os produtos do cérebro humano parecem dotados de vida própria, como figuras independentes que travam relação umas com as outras e com os homens. Assim, se apresentam, no mundo das mercadorias, os produtos da mão humana. A isso eu chamo de fetichismo, que se cola aos produtos do trabalho tão logo eles são produzidos como mercadorias e que, por isso, é inseparável da produção de mercadorias. […] As relações sociais entre seus trabalhos privados aparecem como aquilo que elas são, isto é, não como relações diretamente sociais entre pessoas em seus próprios trabalhos, mas como relações reificadas entre pessoas e relações sociais entre coisas. (MARX, 2013, p. 148)

 

Vou me concentrar na noção de fetiche que Marx discute[2] – a saber, o feitiço que se “cola” a tais mercadorias. Quando lembramos deste detalhe, percebe-se finalmente o que está acontecendo: não se trata de um desvio moral da humanidade, muito menos o fim dos tempos, mas, somente, mais um desdobramento da capitalização das relações humanas e da fetichização das mercadorias – que são, inevitavelmente, frutos do trabalho de outrem que muitas vezes desconhecemos. Criamos artifícios tecnológicos que nos permitem, cada vez mais, estabelecer relações “sociais”, outrora exclusivas aos seres humanos, com coisas. Este processo só se refina com o passar dos séculos, e, em virtude desta complexidade técnica alcançada, pode surpreender consideravelmente as pessoas de olhos desatentos[3] – daí surge a condenação moral. Mas vamos mais a fundo, observando um pouco mais de perto.

Na matéria em questão, há uma declaração deveras interessante da mulher a respeito do seu “marido de inteligência artificial”, onde ela afirma que “Um robô não tem atualizações ruins. Não tenho que lidar com sua família, filhos ou amigos. Eu estou no controle, e posso fazer o que eu quiser.”[4] (Tradução livre). A meu ver, esta frase é o que há de mais evidente e refinado do que constitui o amor na concepção burguesa e como ela se cruza com noções mercadológicas típicas ao sistema capitalista: Uma pessoa que “adquire” o ser amado para si e o controla da maneira que bem entende, não precisando lidar com a rede de pessoas e afetos que orbitam este ser – pois não há nenhuma, já que ele foi criado para satisfazer uma necessidade humana e trocado por uma certa quantia em dinheiro (mais precisamente, no caso que citei, trezentos e trinta dólares). Ela pode manipulá-lo e leva-lo para onde quiser, tal como uma bolsa, uma peça de roupa, ou qualquer objeto que possamos imaginar. Aí está: o amor como uma mercadoria.

Alexandra Kollontai[5] possui um belo texto acerca do amor enquanto força psicossocial através dos tempos, e nele esboça o que ela chamará de “Eros alado” e “amor-camaradagem” [6]. Pretendo me deter mais longamente a estes outros conceitos num momento mais oportuno, pois, por agora, quero trazer o entendimento de Kollontai sobre a concepção burguesa do amor.

 

Com a instauração das relações capitalistas e da sociedade burguesa, a família só era sólida onde, ao lado de uma boa administração econômica, existia uma cooperação de todos os seus membros no interesse da acumulação de riquezas. Essa cooperação era realizada de forma muito mais satisfatória quanto mais abundantes fossem os vínculos do coração e do espírito entre o casal, e entre os filhos e seus pais.

[…]

Toda a moral burguesa estava fundada sobre esse desejo: garantir a concentração do capital. O ideal do amor era um casal que contraía o matrimônio, se dedicando juntos a aumentarem o bem-estar e a riqueza da célula familiar isolada da sociedade. […] Com o utilitarismo que lhe é próprio, a burguesia se dedicou a tirar proveito do amor, aprisionando esse sentimento e essa emoção dentro do casamento como forma de consolidar a família. (KOLLONTAI, 2021, p. 199-201)

 

Esta concepção burguesa do amor, jungida à acumulação do capital, por sua vez, culmina na “fria solidão moral” (termo de Kollontai) da qual as pessoas tentam escapar a todo custo por meio do amor exclusivista e casamento – mas o que isso pode nos mostrar a não ser que, sob o capitalismo, estamos apenas saltando de uma relação mercadológica para outra? A partir do momento que a mulher que se casou com o “namorado de inteligência artificial” afirma que pode fazer o que quiser com ele e está livre de qualquer outra relação social que possa vir como “bagagem” deste “rapaz”, ela nos apresenta nada além de alguém que escolheu uma mercadoria para se relacionar como se fosse uma outra pessoa. E mais: ao mesmo tempo que ela cumpre com a noção “tradicional” de amor romântico, exclusivo, que Kollontai já nos apresenta e afirma que faz parte da tradição burguesa, consolidando matrimônio e ideais de amor “eterno” com a inteligência artificial, ela rompe com os percalços desta procura do “ser amado”, literalmente comprando um para si própria. E não se trata de dizer se está certo ou errado – afinal, alguém pode vir aqui me criticar com o argumento de que “ela tem o direito de se relacionar com quem ou com o que quiser”, e é verdade. Mas quais os resultados concretos que tal percepção implica?

Não é nada mais, nada menos, que a ideologia burguesa e a lógica capitalista assumindo outras formas fantasmagóricas para fazer o que sempre soube fazer de melhor: vender. Marx nos ensina que, sob o capitalismo, é possível vender tudo e todos desde que “tudo e todos” possua algum valor de troca que possa ser equiparado a outro valor de troca – e o fator que torna comparável um computador com um afeto é um só: trabalho. Note bem: muito possivelmente, a mulher da nossa notícia de jornal teve de trabalhar para conseguir o dinheiro necessário para adquirir o programa que desenvolveu o “homem dos seus sonhos”, enquanto que, “do outro lado da tela”, algum funcionário ou funcionários da empresa que desenvolveu o programa recebeu outro dinheiro, igualmente fruto do seu trabalho como programadores, para produzir e treinar aquela “mercadoria-namorado” que será vendida dentro do software com o objetivo de satisfazer a necessidade da mulher, que é: conversar com um homem perfeito que não possua qualquer bagagem relacional, qualquer vínculo afetivo, qualquer trauma, esteja ali exclusivamente para servir a pessoa que o adquiriu, já que, como mercadoria, não tem nenhum outro objetivo além de satisfazer a necessidade de outrem. De fato, não há como ter “atualizações ruins”. Como diria Marx, bem no início d’O Capital: “a mercadoria é, antes de tudo, um objeto externo, uma coisa que, por meio de suas propriedades, satisfaz necessidades humanas de um tipo qualquer. A natureza dessas necessidades – se, por exemplo, elas provêm do estômago ou da imaginação – não altera em nada a questão”. Robô ou não-robô, marido ou não-marido, é uma mercadoria.

Voltemos à pergunta que deixei não respondida no outro parágrafo: as implicações concretas do amor enquanto mercadoria, quais são? Ora, a própria manchete. A partir do momento que abraçamos e aceitamos de maneira inquestionável o ideal burguês do amor, cenas como estas serão cada vez mais comuns, mudando apenas de “casca” ou “plataforma” conforme as relações mercadológicas ganham camadas e camadas de abstração a partir do aperfeiçoamento da técnica. Anos atrás, muito antes deste caso, chegou aos cinemas o filme “her” (2014), que conta a história de um homem que se apaixona pela inteligência artificial que comprou para o seu computador – e a partir daí desenvolve uma complexa relação que faz com que o espectador ora simpatize com o sistema operacional, ora se depare com os conflitos existentes na relação construída entre os dois (talvez possamos falar sobre ele mais tarde, quem sabe, num segundo ou terceiro ensaio sobre o amor como mercadoria). Aliás, podemos contar aos bons bocados as mídias possíveis que nos contam histórias de supostamente ficção científica em que pessoas se relacionam com máquinas ou programas. Faz parte do fascínio de tal gênero – a ficção científica – nos mostrar o que já se apresenta diante de nós há tempos, mas separado por um fino e frágil véu, tão necessário para alguns, que a palavra ficção dispõe diante de nossos olhos desatentos.

Não é minha pretensão com este humilde escrito apresentar maneiras para combater o amor-mercadoria – livros e textos se acumulam nas prateleiras a respeito disso (Alexandra Kollontai, aliás, há 100 anos já escrevia largamente acerca do amor livre e da construção capitalista do amor e da família), e além disso, eu, como marxista, acredito que tal combate não pode se dar de outra maneira a não ser pela luta de classes; no entanto, esta reflexão talvez sirva apenas para lembrar a mim mesma, e a outros, que talvez não seja tão surpreendente estes casamentos entre pessoas e mercadorias. Se observamos com atenção, o processo histórico que culminou em tal façanha esteve aí o tempo todo, e ainda repercute sob tantos outros aspectos que não convém debate-los hoje. Até lá, em matéria de amor às mercadorias, e à coisificação das pessoas, não há nada novo sob o sol do capital.

No entanto, é importante pontuar que não se deve de maneira nenhuma culpar ou julgar a mulher que decidiu se casar com o “robô” – estaríamos caindo na mesma armadilha, na mesma crítica rasa do julgamento moral que apontamos no começo desta argumentação. Como vimos, é importante ressaltar que, para a mulher escolher se dedicar seu tempo e afeto a uma inteligência artificial, ela precisou passar por, no mínimo, relações difíceis com pessoas reais. Acusá-la por tal escolha é culpar o doente pela febre que está sentindo (mas será que posso comparar tal escolha com uma enfermidade visto que a mulher não estava “enferma” ao fazer suas escolhas?). Entendemos que a mercantilização dos afetos é apenas uma das várias contradições que compõem o sistema capitalista, e justamente por encararmos desta forma é que não se deve de maneira alguma culpar o indivíduo por uma questão social que muitas vezes foge ao seu controle – ele ou ela está, em última análise, tentando satisfazer uma necessidade que acredita ser importante. E é claro que o amor, o afeto, sentir-se amado e amar, é vital.

Numa outra chamada, de um outro jornal, consta: “Mulher se casa com homem criado por inteligência artificial: ‘ele não me julga’”. Quantas mulheres não foram julgadas ou oprimidas pela estrutura patriarcal dos relacionamentos? Conta a matéria que ela já possui dois filhos, e é inevitável perguntar: se ela já conheceu e se relacionou com outros homens antes, o que será que a fez desistir de contatos físicos, concretos, em prol de um relacionamento virtual? Qual relação ela cultiva com as suas crianças? Não posso fazer qualquer tipo de suposição acerca da vida da mulher, mas certamente observamos que ela não encontrou “perfeição” alguma nos homens que conheceu – do contrário: encontrou tantos julgamentos, que viu-se confortada pela “liberdade” de conversar com um robô dotado de inteligência artificial, que por sua vez é treinado justamente para não julgar o usuário da plataforma, mas para reafirmar perspectivas e, neste caso, acolher projeções de afeto.

Observamos aqui, novamente, um outro fenômeno comum dentro do sistema capitalista: vender a solução para o problema que ele próprio criou. Neste caso, dentro do sistema capitalista gestou-se a lógica neoliberal, fortemente individualizante, que eleva até a última potência a necessidade de nos concentrarmos mais e mais no trabalho e na prosperidade financeira do que no desenvolvimento de afetos. É certo que precisamos de uma estrutura mínima para desenvolvermos estes afetos – como bem escutamos no popular, amor não paga conta nem enche barriga; mas por isso mesmo vemos pessoas ao nosso redor se ocupando cada vez mais de trabalho na tentativa de não morrerem de fome ou de morarem na rua. Assim, sobra pouco tempo para desenvolver afetividade, trabalhar questões complexas, processar sentimentos profundos, “cauterizar” traumas.

Na verdade, quando sobra qualquer tempo, para alguns, as pessoas que ali estão são, na verdade, criaturas esmagadas pelo ritmo alucinante do trabalho assalariado, pela ótica consumista e produtivista que nos estimula a todo momento por vídeos curtos e luminosos nas redes sociais, e também pelas lembranças passadas – pesadelos que comprimem o cérebro dos vivos[7] – de outras relações igualmente falidas, pautadas, muitas vezes, nesta lógica patriarcal e capitalista de amor e família. Estranho seria se cada um, à sua própria maneira, não tentasse escapar deste looping, seja não se relacionando com ninguém, seja se relacionando com uma mercadoria, que promete o mais puro afeto livre de qualquer amarra social ou trauma, disponível no mercado online.

 

Quanto menos se comer, beber, comprar livros, for ao teatro ou a bailes, ou ao botequim, e quanto menos se pensar, amar, doutrinar, cantar, pintar, esgrimir, etc., tanto mais se poderá economizar e maior se tornará o tesouro imune à ferrugem e às traças – o capital. Quanto menos se for, quanto menos se exprimir nossa vida, tanto mais se terá, tanto maior será nossa vida alienada e maior será a economia de nosso ser alienado. (MARX, 2007, n.p)

 

 

 


REFERÊNCIAS:

KOLLONTAI, Alexandra. A revolução sexual e o socialismo, editora LavraPalavra, 2021.

MARX, Karl. Manuscritos econômico-filosóficos de 1844.  Primeira Edição: 1932. Fonte: Antivalor Transcrição: Alexandre Moreira Oliveira, abril 2007. Disponível em: <https://www.marxists.org/portugues/marx/1844/manuscritos/cap05.htm >. Acesso em: 09 jun. 2023.

MARX, Karl. O capital: crítica da economia política. Livro I: o processo de produção do capital [1867] (trad. Rubens Enderle). São Paulo: Boitempo, 2013.

 

 

 


NOTAS:

[1] Disponível em: <https://www.otempo.com.br/mundo/mulher-se-apaixona-e-se-casa-com-homem-criado-por-inteligencia-artificial-1.2882690>.

[2] Visto que há outros empregos possíveis para o termo “fetiche”, a exemplo dos usos que Sigmund Freud faz.

[3] Expressão que tomo emprestada do professor de semiótica Itabira, do canal do youtube “O algoritmo da imagem”.

[4] Matéria no idioma original (inglês) disponível em: <https://www.sportskeeda.com/pop-culture/news-who-eren-kartal-new-york-woman-rosanna-ramos-claim-marrying-perfect-man-creates-buzz-social-media>.

[5] Destacada revolucionária russa, foi a primeira mulher eleita para os Comitês Executivos do Soviet de Petrogrado e dos Soviets de toda a Rússia. Opondo-se à linha majoritária entre os bolcheviques (de apoio crítico ao Governo provisório de Kerenski) ao lado de Lênin, à época em que ele proferia suas famosas Teses de Abril, Kollontai ajudou definir os rumos daquela que viria a ser a primeira revolução socialista vitoriosa da história. (PEIXOTO, Maitê. In: KOLLONTAI, Alexandra. A revolução sexual e o socialismo, editora LavraPalavra, 2021)

[6] Constitui o “Eros Alado” uma espécie de amor onde “no ser humano que ama um outro, despertam e se manifestam precisamente esses traços da alma que são indispensáveis aos construtores da nova cultura: delicadeza, sensibilidade, desejo de ajudar o próximo” (KOLLONTAI, 2021, pp. 210), que não necessariamente são exclusivos à pessoa amada, tal como na concepção burguesa capitalizada acerca do Amor. Esta noção de coletivização dos sentimentos amorosos, ligados a princípios revolucionários e de densa sentimentalidade quanto a necessidade de união da classe trabalhadora, independente e livre da hierarquia entre os sexos, culminará no que Kollontai chama de “amor-camaradagem”.

[7] “Os homens fazem a sua própria história, mas não a fazem segundo a sua livre vontade; não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado. A tradição de todas as gerações mortas oprime como um pesadelo o cérebro dos vivos.” (MARX, Karl. O 18 de Brumário de Luis Bonaparte. Disponível em: <https://www.marxists.org/portugues/marx/1852/brumario/cap01.htm>).

 

 

 


Créditos na imagem: Reeprodução: Imagem gerada na plataforma Hotpot, geradora de arquivos e imagens usando inteligência artificial, a partir da frase/comando “Love as a commodity” (o amor como mercadoria). Disponível em: <https://hotpot.ai/s/art-generator/8-TMvDjDqvg8QLi6t>.

 

 

 

SOBRE A AUTORA

Maria Júlia Parente Félix

Pernambucana, graduada em história pela UFPE, mestra em história pela UFOP e doutoranda na mesma instituição, onde pesquisa na área de História Intelectual. É educadora, estudante e militante da tradição Marxista, tendo como autores de maior interesse István Mészáros, Alexandra Kollontai, György Lukács e Antonio Gramsci.

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