Marco foste tu
No dia da glória
Filho da noite, veio como a aurora
Olhos-noite
Estrela da manhã
Doce melancolia, na saudade da memória
E em (in)finitudes
Como o tempo, cambia, imensurável, sol, noite, luz
Aos olhos
[meu]
Filho da terra, filho do céu
Da early primavera aos dias do solstício
Somos marcos vivos
Somos seres – isso
Somos a canção bonita trazida triste cantada do templo
Somos escrita, criamos asas e voamos no sonho
Somos vida, e, marcados, consumimos o tempo
Tempo, tempo, traiçoeiro tempo!
Que me afagaste com as mãos e me lançaste contra as pedras
Meus dois corações são como a pedra que bate e vira terra
Que sopra e vira pó
E do pó surge a dor
Que atravessa espaços vazios de sentido
Amarelando a atmosfera
Temperando o ar com tristes feelings
Ó, circles!
Ó terra, as cirandas não passaram com a infância?
Não bebi a água?
Não pulei, não corri, eu já não me esfolei, assim, por demasiado?
É mister que sejamos como estrelas
Que toquemos a abóboda celeste com a vara
Que andemos descalços
Quebremos o salto
Porque nossos corações são como as montanhas que habitam a terra
Mas seria nossa fé como o grão de mostarda?
Seria nossa força como vulcões?
Porque mesmo os vulcões dormem
Mas minha dor não permite mais o sono
Ó putos circles!
Dos belos acertos ao terrível engano
Do circo da pele clamante
À morte que espreita o leito sadio do mancebo
Que sorriu,
Cuja lágrima pariu e germinou a terra com o sono
Pois os sonhos são os mesmos desde Gênesis
O sono e o sopro, não
Créditos na imagem: Divulgação. Vincent van Gogh. Laboureur dans un Champ (1889)
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