Crise & Historicidade | Ana Carolina Barbosa | Episódio 06, Parte 01

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Nas últimas décadas, as Humanidades estiveram sujeitas a uma série de transformações ligadas a um anseio de inclusão e ao reconhecimento de sua função ética de promover a convivência entre diferentes grupos humanos e não-humanos. Muitos nomes são dados a essas discussões, que passam por uma crítica da associação moderna entre a ideia de história e a ideia de humanidade, que, por sua vez, há mais de século, informa modos excludentes de relação com o passado.

Para a História, assim como para outros campos do conhecimento, as crises recentes escancaram o drama em que vivemos: deixar falar e ouvir vozes diferentes daquela do “sujeito universal produtor de conhecimento” tornou-se mais do que um imperativo ético: tornou-se uma necessidade incontornável para a preservação da espécie humana. No Brasil, o pensamento indígena desponta como um manancial de “ideias para adiar o fim do mundo”.

O que a historiografia pode aprender com o pensamento indígena? É possível pensar em uma historiografia menos antropocentrada e menos excludente?

Na tentativa de responder essas e outras questões, o Lethis e o Niet, em parceria com o portal HH Magazine, apresentam essa série, cujo objetivo é reunir especialistas da área – do Brasil e do exterior – para tratar de aspectos específicos relacionados à atual pandemia, a partir do ponto de vista próprio da Teoria e História da Historiografia.

 

[Livro] Na transversal do tempo: natureza e cultura à prova da história, de Ana Carolina Barbosa 

[Livro] A História (in)disciplinada: teoria, ensino e difusão do conhecimento histórico, por Arthur Ávila, Fernando Nicolazzi e Rodrigo Turin

 

Realização:

Núcleo Interdisciplinar de Estudos Teóricos

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Laboratório de Estudos em Teoria e História da Historiografia

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HH Magazine

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Apoio:

Núcleo de Estudos em História da Historiografia e Modernidade

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Sociedade Brasileira de Teoria e História da Historiografia

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International Network for Theory of History

(Site, Facebook)

 

 

 

SOBRE A ENTREVISTADA

Ana Carolina Barbosa

Possui graduação em História pela Universidade Federal de Goiás (2003), mestrado (2007) e doutorado (2013) em Teoria da História pela Universidade de Brasília. É Professora de Teoria e Metodologia da História dos cursos de Graduação e Pós-Graduação em História da Universidade Federal da Bahia.Tem experiência na área de História, com ênfase em Teoria e Filosofia da História; História da Historiografia; Didática e Ensino de História. Atua principalmente nos seguintes temas: geopolítica e lugar epistêmico na produção do conhecimento histórico; concepções de tempo, memória e história em sistemas não ocidentais de pensamento; Ensino de História. Atualmente desenvolve pesquisa a respeito da falsificação e negacionismos na era da pós-verdade

 

SOBRE O ENTREVISTADOR

Breno Mendes

Professor Adjunto da Universidade Federal de Goiás. Coordenador do projeto de extensão "Curso de formação continuada em produção de cadernos pedagógicos para EJA" registrado no CENEX da Faculdade de Educação da UFMG. Doutor em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (2019). É licenciado (2010) e mestre (2013) em História pela mesma instituição. Foi professor substituto no Departamento de História da UFMG por quatro semestres (2014-2015), onde lecionou disciplinas de Teoria e Metodologia da História e Análise da Prática de História/Estágio de História. Atuou na educação básica em escolas da rede pública e em instituições privada de ensino. Atua como webtutor do curso de História modalidade EAD da Faculdade Educacional da Lapa (FAEL). Seus interesses de pesquisa se concentram nas áreas de Teoria e Filosofia da História, História da Historiografia, Ensino de História, Historiografia Contemporânea e Historiografia Brasileira. É membro do International Network for Theory of History (INTHH), da Sociedade Brasileira de Teoria e História da Historiografia (SBTHH) e do Núcleo Interdisciplinar de Estudos Teóricos (NIET/UFMG).

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