Nada novo, de novo

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Olho lá no horizonte,

Onde o poente solar faz morada,

Aqui observo mais uma vez

Uma rotina que está no meu defronte.

Nada novo, de novo,

Naquilo que desejamos estar

Quando as incertezas tomam conta

Neste hábito que revolvo meu olhar.

 

Versos e pensamentos se intercruzam

No eclipse da solidão que retoma:

Como estão as coisas, de novo?

Pergunto, sem respostas,

Pois o silêncio que grita comigo

Faz-me lembrar, porém, que um novo dia chegará.

 

 

 


Créditos da imagem: Wassily Kandinsky. Delicate Tension. No. 85, 1923.

 

 

 

SOBRE O AUTOR

Wesley Sousa

Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de São João del Rei (DFIME-UFSJ). Mestrando em Filosofia, na Área de Ontologia, com ênfase em Estética e Filosofia da arte, pela Universidade Federal de Santa Catarina (PPGFIL-UFSC). Enfatiza seus estudos na área da filosofia contemporânea, filosofia política, estética e ontologia (Marx, Engels, Lukács, Mészáros e também Teoria Crítica no Brasil).

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