Para o Adriano
¿Dé que manera te escribo, poeta?
Hoy no sabría narrar los puntos
que tejimos
en este lienzo incompleto que ahora llevo sobre mis manos.
Os fios dispersos procuram
lembranças invasoras
de encontros suspensos.
Como eu te escrevo agora, poeta?
Como eu te escrevo?
Me responda, me mande uma dica, me anime um pouco para fazer poesia.
Como eu crio agora os versos desta pós-data indesejada
com cheiro de sal e de vazio?
Com quem eu traço agora o nosso portunhol de cantos e aquarelas?
Como eu faço para cantarte, poeta
sin tu mirada entusiasta y cautiva?
Para quem canto eu agora esse Caribe meu
que sempre animou a tua alma latina?
Cante comigo, Adriano, cante comigo
enquanto bebemos uma cerveja
Vamos cantar, Adriano!
“Yo pisaré las calles nuevamente…”
enquanto o nosso portunhol transite as ruas da nossa América.
Livia Esmeralda Vargas González
Ouro Preto, 16 de novembro de 2020.
Créditos na imagem de capa: O bar onde gostava de ficar. Fotografia de Adriano Menezes publicada em seu Instagram.
Créditos na imagem do texto: Livia Vargas González. Retrato em Preto e branco (Tom e Chico), out, 2020
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Livia Vargas González
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História da Historiografia: International
Journal of Theory and History of Historiography
ISSN: 1983-9928
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A1 História / A2 Filosofia
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