Você poderia ter escolhido não ler
Você poderia escolher trocar a busca
Poderia ter passado para seu próximo presente
Não dedicando nem uma fração do seu tempo
Não gastando sua respiração
Não correndo os olhos sobre o caos
Preencheria o vazio que há em você
Ao menos o vazio daquele agora
O pior de saber-se incompleto
O pior que acompanha os dias
Se alimenta da sua busca incessante
Do pesado e ardido fado das escolhas
Do hedonismo narcísico instagramável
Do aprazível semblante que persegues
Do culto à beleza
Dele a sua
O peso de ocupar os dias construindo rotinas
Morrendo para construir a vida
Imagem: Isabel Miramontes. Escultura em bronze.
[vc_row][vc_column][vc_text_separator title=”SOBRE O AUTOR” color=”juicy_pink”][vc_column_text][authorbox authorid = “101”][/authorbox]