Revista História da Historiografia: chamada para o dossiê “Temporalização do tempo e regimes historiográficos”

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A revista História da Historiografia divulgou recentemente a chamada para seu novo dossiê, intitulado “Temporalização do tempo e regimes historiográficos”.

 

O dossiê surge da necessidade que a/os proponentes sentiram de promover um debate mais denso e reflexivo acerca do tema, analisado por cada um/a dos autores, a seu modo, em suas últimas pesquisas. Em termos teóricos, esses trabalhos se relacionam a controvérsias mais amplas em torno de questões envolvendo a “temporalização do tempo” em diferentes “regimes historiográficos”. O objetivo geral é, portanto, o de acolher artigos científicos inéditos que articulem essas duas noções a partir da hipótese de que tanto a temporalização do tempo quanto os regimes historiográficos são vias que possibilitam a discussão de crenças enraizadas nos estudos históricos, bem como nas sociedades que vivenciam a experiência temporal. Uma dessas certezas mais eminentes é a da evidência das formas de temporalização do tempo. Seja como cronologia, periodização, épocas, séculos, anos, meses, semanas, dias ou horas, todas elas funcionam como preceitos de inteligibilidade de sua suposta evidência.

Independentemente dos modos de contabilizá-lo em diversos regimes historiográficos, o tempo jamais cessou de passar e as sociedades e os indivíduos nunca deixaram de perceber seu movimento: mais ou menos lento, conformando um passado vivido como “quase imóvel”; mais ou menos rápido, numa aceleração que promoveria expectativas em relação ao futuro; mais ou menos estagnado, como um presente contínuo, uma atualidade que se esgota nela mesma. Dessa forma, são bem-vindas as contribuições que abordarem a complexidade dos variados modos de temporalização do tempo e dos regimes historiográficos.

 

O período de recebimento de artigos é até o dia 15 de outubro de 2022, com previsão de publicação para o 1º semestre de 2023 (no v.16, n.42, maio-ago. de 2023).

O dossiê é organizado por Temístocles Cezar (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), François Hartog (École de Hautes Études en Sciences Sociales), Thamara de Oliveira Rodrigues (Universidade do Estado de Minas Gerais) e André da Silva Ramos (Universidade do Estado de Minas Gerais).

 

 

Para mais informações, acesse o site da revista História da Historiografia.

 

 

 

SOBRE O AUTOR

Keversson William Silva Moura

Mestrando em História pela Universidade Federal de Ouro Preto. Integra o Grupo de Pesquisa Temporalidades e Histórias Populares. Desenvolve pesquisa na área de Teoria da História, História da Historiografia Brasileira e Literatura Romântica, onde investiga o Romantismo brasileiro e as suas interfaces com a questão homoerótica.

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