Deixe-me ser sua cama, deite em mim toda sua lascívia.
Entregue-se a ti mesma como fazes todas as noites.
Eu só quero senti-la arder sobre a minha pele de lençol.
Só quero sentir o calor do teu fogo.
Deixe-me ser sua cama, deite em mim todo seu desejo.
Entregue-se a ti mesma, como fazes todas as noites.
Eu só quero ouvir o teu gemido abafado rente ao meu ouvido.
Só quero senti-la se contorcer de prazer.
Deixe-me ser sua cama, deite em mim toda sua imaginação.
Deixe-me ouvi-la dizer, baixinho, o meu nome
Enquanto desliza seus dedos pela fresta molhada do seu corpo.
Deixe-me ser sua cama e, por fim, deite em mim todo seu cansaço
Após o deleite de entregar-se a ti mesma e sonhe comigo.
Deixe-me ser sua cama, apenas.
Créditos na imagem: Reprodução: Vênus ao espelho – Óleo sobre tela, Diego Velázquez, 1647.
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