A chuva lava o nada
Lava do mundo o pó que a rotina acumula
Retira a rigidez das forças
Patina plena pela pátina
Lubrifica a rígida guerra da natureza
Desliza no ar e na terra
Amaciando a dureza do solo
Escorre suave
Traz toneladas de morte
Sobe e desce
Ciclo repetido
Balé dançado
Pancada de verão
Lânguida e forte
Neblina outonal
Durante dias
Dura
Muito
Pouco
Doura, distorce o céu
Chuva, coisa holística
Tem ali uma gota, única
Ao lado de tantas outras gotas
Únicas, são
Em bando, atravessam estados
Entre os nadas
Criam rotas nos abismos
Buscam
Outras querem
Nubladas com a multidão
Queda-livre sem percepção
Créditos na imagem: Vitor Jubini / Reprodução: A Gazeta
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