O poeta sofre de insuficiência cardíaca
falta nos fármacos que ele toma,
uma dose cavalar de afeto.
O poeta desesperado,
quer pular da ponte
falta no entanto
um motivo lírico-sentimental para isso.
Nem poeta o poeta se sente mais.
Outra guerra começa a redesenhar mapas na Europa,
Choveu como se de águas o céu fosse feito
e a serras, como de costume,
rodaram ladeira abaixo
em cachoeiras de lama
e de pessoas.
Os parentes,
acham que o céu é de santos, anjos, e Deus.
Outros, menos crentes,
dizem ser de carbono e estrelas
cintilantes que nem existem mais e
que lácteas as galáxias enganaram a todos,
posto que de leite, nada possuem.
esse céu de águas
tem é uma teogonia particular,
de prantos
menores e maiores.
O mundo padece,
o poeta sofre
por isso é menor,
o mais ínfimo de todos.
Créditos na imagem: Reprodução. De repente, apenas o olhar… Foto: Chronosfer.
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