Em seu misterioso caminhar,
pouco lhe importa
quem à sua frente está.
Empurra-me sempre
para algum lugar.
Sabe exatamente
aonde não vai chegar.
Nunca chega,
nem nunca chegará!
Pela terra ou pelo ar,
até mesmo pelo mar,
lá vai ele a navegar
pelos mares do infinito.
Tento em vão lhe decifrar,
mas como a esfinge do Egito,
ele vem me devorar.
Devorar as minhas horas,
meus minutos e segundos.
Empurra-me a todo instante,
adiante, adiante,
não obstante eu querer parar,
tomar fôlego,
respirar um pouco.
Sigo em frente,
um tanto louco,
sem saber aonde
ele vai me levar.
Nunca nasceu,
nem nunca morrerá.
Existiu, existe e existirá.
É o vento que sopra as velas
da minha embarcação.
Seus ponteiros a marcar
as batidas do meu coração,
até quando não houver mais razão.
Que louca elucubração!
Pensar no tempo,
é piração!
Créditos da imagem: Saturno devorando a un hijo, Francisco de Goya
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Tadeu Goes
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História da Historiografia
História da Historiografia: International
Journal of Theory and History of Historiography
ISSN: 1983-9928
Qualis Periódiocos:
A1 História / A2 Filosofia
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