morreu a Melancolia
numa manhã de vento
no pós-tempo
vestida de razão
molhou as pernas na dureza da vida
atravessando o campo da visão
morreu a Melancolia
era bela, a ninfa culta pós-moderna
vivia nos arquivos
nas telas, nas canções
lia as letras e se embebedava
tornando o dia uma intragável noite
sem futuro, sem rumo
passada, cansava de si
e se lançava aos demais como impressão plena
no altivo acúmulo sepulcrumênon de erudição
perdido estava o poeta
que engoliu a Melancolia e transmutou-se em gente
viu a grandeza da terra, dos céus, dos mares
e pôs-se a andar
na certeza de que o mundo é como folha d’água
e, emputecido, suspendeu a.Contação do tempo
cuspiu a Melancolia e foi viver, como os antigos, a Vida…
Crédito na imagem: Reprodução. Vincent van Gogh. Sower with Setting Sun (1888).
[vc_row][vc_column][vc_text_separator title=”SOBRE O AUTOR” color=”juicy_pink”][vc_column_text][authorbox authorid = “81”][/authorbox]
Isaías dos Anjos Borja (Xipu Puri)
Related posts
Notícias
História da Historiografia
História da Historiografia: International
Journal of Theory and History of Historiography
ISSN: 1983-9928
Qualis Periódiocos:
A1 História / A2 Filosofia
Acesse a edição atual da revista