Escrevi a palavra morte

No coração daquela estante.

Cruzei a ponte da vida e voltei,

À procura de água fresca para dar à minh’alma.

O sol está escuro hoje.

O dia será perverso amanhã.

As nuvens acalentaram meus olhos

E as mãos do meu amado tocaram as minhas,

Rompendo os limites da expressão e do espaço.

O peito chorou no pasto da mentira.

A aranha é uma demônia disfarçada.

Os beijos dele são o pão do céu

E as flores amarelas são filhas do sol.

O azul das coisas é o refúgio dos sonhos.

Chorei um oceano dessas coisas

Na porta da minha casa.

A Terra chora, você nem vê.

O luto da Terra é o luto de uma mãe.

A luz natural é a luz que traz vida

E a vida é miscelânea

Que se harmoniza no silêncio.

 

 

 


Créditos na imagem: Diego Rivera. The Painter’s Studio (1954).

 

 

 

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