A pandemia do Covid-19 tem imposto ao mundo uma situação de crise profunda, com impactos em diversos âmbitos da vida íntima e social dos quais ainda não sabemos a real extensão. Vários cientistas, intelectuais, políticos e formadores de opinião tem afirmado que a crise do coronavírus coloca a sociedade global diante de um momento singular e decisivo, no qual o mundo porvir, embora imprevisível quanto aos seus contornos, será certamente diferente do mundo que vivíamos antes da explosão da pandemia.
Essa experiência de crise implica também em uma forma particular de experiência da história – com efeito, diz-se com frequência que a crise do Covid-19 caracteriza um momento histórico. Além disso, nota-se com frequência o apelo ao conhecimento histórico para a produção de sentidos para o novo coronavírus, seja em termos de produzir comparações e analogias com pandemias do passado (a gripe espanhola, a peste do século XIV, por exemplo), seja como fonte de lições para a tomada de decisão e planejamento de ações de combate à atual pandemia. Coloca-se assim a questão de pensar sobre as historicidades da crise do coronavírus, uma questão que é própria do campo da Teoria e História da Historiografia e que potencialmente legitima publicamente este campo.
Nesse primeiro episódio, o professor Augusto de Carvalho entrevista o professor Walderez Ramalho sobre a historicidade de uma ideia que é fundamental para compreendermos a natureza histórica dos acontecimentos em jogo: a ideia de crise.
Realização:
Núcleo Interdisciplinar de Estudos Teóricos
Laboratório de Estudos em Teoria e História da Historiografia
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HH Magazine
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Apoio:
Núcleo de Estudos em História da Historiografia e Modernidade
Sociedade Brasileira de Teoria e História da Historiografia
International Network for Theory of History
SOBRE O ENTREVISTADO
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